As assembleias de voto abriram este domingo no Turquemenistão para as eleições presidenciais num clima de calma e ativa participação, informaram os ‘media’ russos a partir de Ashkhabad, capital da antiga república soviética na Ásia Central. As 2.548 assembleias de voto, distribuídas por todo o país, abriram às 07h00 (02h00 em Lisboa) e encerram às 19h00 (14h00 em Lisboa).

Apesar de participarem nove candidatos na corrida presidencial, tudo aponta que o atual chefe de Estado, Gurbanguly Berdymukhamedov, seja reeleito pela segunda vez com uma vitória esmagadora nas urnas sem necessidade de segunda volta. Berdymukhamedov, de 59 anos, chegou ao poder após a morte, no final de 2006, de Saparmurat Niyazov, o primeiro Presidente do Turquemenistão que governou o país com mão de ferro.

“O Turquemenistão nunca teve umas eleições livres e limpas, e estas não são uma exceção”, denunciou na véspera da jornada eleitoral o diretor da Human Rights Watch para a Europa e Ásia Central, Hugh Williamson. Segundo Williamson, não se podem realizar eleições verdadeiras num país em que as autoridades “controlam estritamente todos os aspetos da vida pública, violando direitos fundamentais, como a liberdade de imprensa”.

As eleições de hoje — para as quais estão convocados 3,2 milhões de eleitores — são as primeiras desde a reforma constitucional aprovada em setembro que alargou o mandato presidencial de cinco para sete anos e que eliminou ainda o limite de idade (70 anos) dos candidatos à chefia do Estado.

O Turquemenistão, com uma área de 488.100 quilómetros quadrados e uma população de mais de cinco milhões de habitantes, situa-se na Ásia Central e possui umas das maiores reservas de gás natural do mundo.

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