Os suíços aprovaram este domingo em referendo uma reforma que facilita a naturalização dos netos dos imigrantes residentes no país, mas chumbaram a introdução de uma legislação fiscal mais atrativa para as empresas, segundo as primeiras sondagens. De acordo com os dados do instituto de estudos ‘gfs.bern’, citados pela agência de notícias espanhola Efe, os cidadãos apoiaram a decisão governamental, e apoiada pelo Parlamento, de facilitar o processo de naturalização dos netos dos imigrantes, o que abrange cerca de 25 mil jovens.

As condições de naturalização permanecem iguais: deve dominar uma das quatro línguas nacionais (alemão, italiano, francês e romanche) e respeitar as leis e os valores expressos na Constituição do país. Além disso, o candidato deve ter nascido na Suíça e ter frequentado a escola por pelo menos cinco anos e ter até 25 anos.

Pelo menos um dos pais tem de ter vivido pelo menos 10 anos na Suíça e frequentado a escola por cinco anos e, por último, um dos avós tem de ter nascido na Suíça ou ter tido uma autorização de residência.

O Governo, no entanto, saiu derrotado na sua pretensão de facilitar as regras para as empresas que operam no país, já que os cidadãos terão rejeitado, segundo as sondagens, a proposta do Executivo, que visava mudar as condições fiscais das multinacionais que operam no país para se adequar aos níveis defendidos pela União Europeia, mas introduzindo novos benefícios para permanecerem no país.

O campo do ‘não’, que argumentava que a quebra da receita fiscal teria de ser compensada pelo contribuinte, terá, assim, vencido o debate sobre a medida, que afeta umas 24 mil empresas estabelecidas na Suíça, empregando 150 mil pessoas e que valem quase metade das taxas corporativas federais.

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