José Mourinho já ganhou um pouco de tudo no futebol: Liga dos Campeões, Liga Europa, campeonatos, taças e supertaças em quatro países diferentes (Portugal, Inglaterra, Itália e Espanha). Tudo em grande mas sempre no futebol, o seu habitat natural. O que provavelmente nunca imaginaria é que pudesse ter uma importância vital nos triunfos de uma equipa de… râguebi.

A história está a ser esta terça-feira explorada por muitos jornais ingleses. Eddie Jones, treinador australiano da seleção nacional de râguebi de Inglaterra, justificou o triunfo frente ao País de Gales na segunda jornada do Torneio Seis Nações, por 21-16, com a forma como Mourinho prepara os jogos. Ainda se recorda da “periodização tática”, que teve Vítor Frade como grande professor e que influenciou tantos técnicos portugueses? Pode ser o segredo da “Rosa” para vencer a competição.

“Todos os dias treinamos um parâmetro específico. Houve um dia com uma sessão física onde tivemos mais contactos do que temos depois em jogo. Outro dia mais rápido onde tentámos trabalhar pelo menos 60% da sessão incidindo na velocidade. Não precisamos de fazer trabalho extra – é tudo feito nessas sessões. E melhorámos consideravelmente a nossa forma”, comentou Eddie Jones.

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“Dos últimos 15 jogos que ganhámos, quantos conseguimos fazê-lo nos últimos 20 minutos? Isso acontece porque treinamos para ganhar nesses últimos 20 minutos. Utilizamos uma metodologia que trouxe do futebol chamada periodização tática”, completou o técnico.

Mais ou menos rebuscado, a verdade é que resulta. E depois de ter arrancado o Seis Nações com um triunfo por apenas três pontos diante da França (19-16, com 12-16 a dez minutos do fim), a Inglaterra bateu este fim-de-semana fora o País de Gales por 21-16, após estar a perder por 16-11 de novo a dez minutos do fim.

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Eddie Jones foi o primeiro treinador não inglês a comandar a equipa da Rosa (desde Novembro de 2015) e mantém o registo 100% vitorioso nas 15 partidas realizadas

Com este resultado, a equipa inglesa lidera o Torneio das Seis Nações com oito pontos (duas vitórias), à frente da República da Irlanda (seis), País de Gales, França e Escócia (todos com cinco). Na próxima jornada, a 25/26 de fevereiro, o conjunto comandado por Eddie Jones recebe a Itália, única equipa ainda sem pontos. E poderá dar mais um passo importante para revalidar o título conseguido em 2016… só com triunfos.