O secretário-geral da NATO, Jens Stoltenberg, afirmou esta quarta-feira que seria “muito preocupante” para Aliança se se confirmar que a Rússia desenvolveu um novo míssil de cruzeiro, em violação de um tratado que data da década de 80. O tratado celebrado em 1987 entre os Estados Unidos e a então União Soviética determinava o fim das armas nucleares de médio alcance. No entanto, a administração norte-americana acusou na terça-feira a Rússia de ter criado no ano passado um novo míssil de cruzeiro capaz de transportar ogivas nucleares.

Falando aos jornalistas em Bruxelas antes da cimeira de ministros da Defesa da Aliança Atlântica, Jens Stoltenberg escusou-se a comentar a acusação em concreto, mas salientou que “qualquer não cumprimento seria muito preocupante” para os parceiros da NATO. O tratado de 1987 “foi muito importante porque eliminou uma categoria de armas nucleares que ameaçavam a Europa e os aliados da NATO”, salientou. O tratado assinado pelo Presidente norte-americano Ronald Reagan e o líder soviético Mikhail Gorbatchov previa a eliminação dos mísseis terrestres capazes de atingir alvos a distâncias entre 500 e 5.500 quilómetros.

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