Diogo Costa Amarante nasceu em Oliveira de Azeméis em 1982.

Licenciado em Direito pela Universidade de Coimbra, onde estudou entre 2000 e 2005, cedo percebeu que uma carreira como jurista não correspondia às suas ambições. Ainda estagiou num dos principais escritórios de advogados de Lisboa (a PLMJ, o escritório de José Miguel Júdice) mas em 2007 partiu para Barcelona para participar num mestrado de 1 ano em Cinema Documental da Escola Superior de Cinema — Audiovisuals de Catalunya.

Ainda em Espanha realiza o seu primeiro filme, “Jumate”, um documentário sobre Camelia, uma romena que nasceu e cresceu num circo ambulante. “Jumate” venceu logo o prémio de melhor filme no DocumentaMadrid08 (Espanha), tendo sido igualmente a primeira escolha do júri nos festivais Golden Boll (Turquia) e Reykjavik IFF (Islândia).

No ano seguinte, fez a sua segunda curta, intitulada “We have legs / Time files”

Regressou à Catalunha para concluir uma pós-graduação em cinematografia em 2009/2010, tendo nesse ano letivo participado no Berlinale Talent Campus. Foi na capital alemã que lançou o seu segundo documentário “Em Janeiro, talvez” — projeto que foi selecionado para vários festivais e venceu o prémio do júri no DocumentaMadrid09 e teve uma menção honrosa do júri no Salina DocFest 09 (Itália).

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“Em Janeiro, talvez”, Costa Amarante volta a dedicar-se a uma história que envolve a Roménia. Mais concretamente as consequências da moratória de dois anos decidida pela União Europeia em 2007 que impedia a livre circulação dos trabalhadores provenientes da Roménia. Devido a essa imposição, Daniel, o protagonista do documentário de Costa Amarante, não podia trabalhar e tentava sobreviver nas ruas de Barcelona.

Costa Amarante só se aventurou na ficção com a curta “Down Here”. Realizada em 2011, foi a primeira curta-metragem de ficção de Diogo Costa Amarante e conta a história de Emily uma avó de 64 anos, que decide descobrir a comunidade homossexual de Nova Iorque após o neto gay se ter suicidado. O objetivo era retratar um tema complexo: a alta taxa de suicídio dos jovens homossexuais norte-americanos.

Foi precisamente na cidade conhecida por nunca dormir que Costa Amarante voltou a apostar nos estudos, inscrevendo-se num mestrado da New York University em Cinematografia e Produção Cinematográfica — um projeto académico que durou entre 2012 e 2015.

A sua curta voltou a ser premiada em diversos festivais internacionais. Ganhou o prémio para melhor curta internacional no Barcelona GL International Film Festival e no Mix Brasil e uma menção especial do júri no 27.º Festival Internacional LGBT de Turim. Mais do que isso, o filme de Costa Amarante foi selecionado para ser visto em mais de 20 festivais internacionais de cinema.

Em 2014, Diogo Costa Amarante voltou a aventurar-se na ficção com a curta “Rosas Brancas” para retratar a forma como uma família lida com a morte da matriarca. E voltou a ganhar prémios:

  • o European Grand Prix, no Festival Internacional de Curtas de Brest, em França;
  • e o Cineclubs Award, no 18º Festival Luso Brasileiro de Sta. Maria da Feira, em Portugal.

Curiosamente, “Rosas Brancas” passou Festival Internacional de Cinema de Berlim, onde esteve em competição. Não venceu na altura — venceu este sábado.