Os centros eleitorais do Equador abriram hoje as portas para a eleição do sucessor do atual Presidente, Rafael Correa, e dos 137 deputados da Assembleia Nacional e cinco representantes no Parlamento Andino.
Um total de 12,8 milhões de eleitores são chamados a optar entre o modelo de Socialismo do século XXI há dez anos no poder e uma oposição dividida, mas convencida da possibilidade de governar caso haja uma segunda volta.
Em simultâneo, decorrerá também um referendo promovido pelo Governo, que quer proibir que pessoas em cargos públicos tenham contas ou bens em paraísos fiscais.
As propostas do partido no poder são agora defendidas pelo ex-vice-Presidente Lenin Moreno, que pretende suceder na Presidência a Rafael Correa, que está impedido constitucionalmente de concorrer a um terceiro mandato.
Nestas eleições, Moreno enfrenta uma oposição que, apesar de fragmentada há anos, está unida no desejo de ver fora do poder o “Correismo” e confiante em que as sondagens estejam certas ao vaticinar que será necessária uma segunda volta para eleger o próximo Presidente.
No amplo leque de tendências que os sete candidatos da oposição representam, figuram sociais-democratas, conservadores, social-cristãos, independentes e populistas.
As últimas sondagens dão vantagem ao candidato Lenin Moreno, ex-vice-presidente de Correa (2007-2013), que concorre juntamente com o atual vice-presidente, Jorge Glas, aspirante a ser reeleito no cargo.
Atrás de Moreno situam-se o ex-banqueiro Guillermo Lasso, a social-cristã Cynthia Viteri, o social-democrata Paco Moncayo, os populistas Abdalá “Dalo” Bucaram e Patricio Zuquilanda e os independentes Iván Espinel e Washington Pesántez.
O processo eleitoral começou às 07:00 locais (12:00 em Lisboa), com a abertura das assembleias de voto, e prolonga-se até às 17:00 (22:00 em Lisboa), quando começa a contagem dos votos e são divulgados os resultados das projeções à boca das urnas.
Prevê-se que o Conselho Nacional Eleitoral (CNE) divulgue às 20:00 horas (01:00 GMT de segunda-feira) os resultados de uma contagem rápida de votos com uma margem de erro previsto inferior a 1%.
Nas presidenciais no Equador, qualquer dos candidatos poderá ganhar a votação se alcançar a maioria absoluta dos votos (metade mais um) ou, pelo menos, 40% dos votos e uma diferença de dez pontos percentuais face ao segundo mais votado.
Caso contrário, realiza-se uma segunda volta, prevista para 02 de abril.