A música é outra no mundo do golfe: Dustin Johnson, mais conhecido como DJ, conseguiu chegar finalmente ao patamar mais alto do ranking mundial, após vencer o Genesis Open. “É bom, dá-me muito confiança e vai obrigar-me a trabalhar ainda mais para ser melhor”, comentou após a prova que o fez suceder ao australiano Jason Day. Mas quem é este americano de 32 anos com uma carreira em crescendo a par de uma vida cheia de episódios?

Nascido na Carolina do Sul, Dustin Johnson cedo se dedicou ao golfe, passando a profissional em 2007. Logo no ano seguinte, conquistou o primeiro de 13 torneios no PGA Tour: o Turning Stone Resort Championship. Todos os anos DJ “picava o ponto” com pelo menos um triunfo, ficando sempre, desde 2009, no top-10 de pelo menos um Major. Mas foi em 2014 que mais vezes apareceu. De forma direta ou indireta. E nem sempre pelas melhores razões.

Depois de anunciar um período de afastamento do golfe para resolver “desafios pessoais”, veio a público a notícia de que acabara de falhar o terceiro controlo anti-doping desde 2009, desta vez acusando cocaína. A organização desmentiu qualquer tipo de punição, o jogador salientou que tinha coisas mais importantes para resolver, mas nunca esse rumor (escrito e descrito por várias publicações) desapareceu. Em paralelo, a fotografia na capa da Golf Digest da sua companheira, a cantora e modelo Paulina Gretzky – filha do mítico jogador de hóquei em gelo Wayne Gretzky –, caiu muito mal no mundo do golfe.

O afastamento fez-lhe bem. Voltou em grande. Continuou a ganhar.

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No ano passado, dois meses antes dos Jogos Olímpicos – que falhou por vontade própria, receando o vírus Zika –, conseguiu o único Major da carreira: o US Open. E também aqui houve polémica à mistura: no quinto buraco, enquanto treinava o seu putt, as imagens apanharam um claro movimento da bola. A organização viu, mas tardou em fazer algo. Tiger Woods apelidou o caso de “farsa” por não ter havido uma punição imediata, Rory McIlroy acabou por sair em sua defesa. Depois de vistas e revistas as imagens, e no final do dia, Johnson foi penalizado com uma pancada.

“Dizerem-me que não posso fazer algo é a pior coisa que me podem fazer porque… vou definitivamente fazer”, confessou numa entrevista. E essa persistência deu frutos. Em 2016, no US Open, em pleno Dia do Pai. E este fim-de-semana, no Genesis Open, quando soube que seria pai pela segunda vez.

Como tantas vezes os campeões referem, “mais difícil do que atingir o topo é mesmo ficar por lá”. Esse é o próximo desafio de DJ. Com mais ou menos polémica à mistura num mundo do golfe onde quer ser “um gentleman que respeita todos”.