Forças iraquianas apoiadas por aviões de combate entraram, esta segunda-feira, nos arredores sul de Mossul, no segundo dia de uma grande ofensiva para expulsar o grupo extremista Estado Islâmico da parte ocidental daquela cidade do norte do Iraque. “A polícia federal retomou a investida, os nossos canhões estão a disparar contra as linhas de defesa do Daesh”, disse o comandante da polícia federal iraquiana, Raed Shaker Jawdat, utilizando um dos acrónimos pelos quais o grupo jihadista é designado.

Forças da polícia federal, unidades de elite da polícia, militares e combatentes paramilitares participam na ofensiva contra Mossul. A ofensiva marca uma nova fase na operação militar lançada a 17 de outubro para recuperar Mossul, a segunda maior cidade do país, “capital” do grupo Estado Islâmico no Iraque há dois anos.

Helicópteros iraquianos dispararam mísseis contra a aldeia de Abu Saif, às primeiras horas da manhã, sobretudo numa colina virada para o aeroporto de Mossul que constitui uma das principais linhas de defesa dos jihadistas nos arredores sul.

Por volta do meio dia, as forças iraquianas entraram na povoação e assumiram o controlo, mas os combates prosseguem. Outras unidades, em veículos blindados, progridem para a base militar de Ghazlani, nos arredores sudoeste da cidade.

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Militares da coligação internacional liderada pelos Estados unidos também foram vistos a avançar na direção de Abu Saif, lado a lado com a polícia iraquiana.

No domingo, o secretário da Defesa norte-americano, Jim Mattis, afirmou durante uma visita a Abu Dhabvi, capital dos Emirados Árabes Unidos, que tropas norte-americanas “estão muito perto, se não mesmo já envolvidas”, na batalha por Mossul.

Do lado dos jihadistas, bombas lançadas por aviões não-tripulados mataram esta segunda-feira pelo menos 11 civis num bairro de Mossul que não controlam. O grupo extremista reivindicou o ataque e afirmou que ele foi perpetrado por um bombista suicida britânico.