Os cientistas acreditam que Marte terá, dentro de 20 a 70 milhões de anos, um anel permanente, tal como o de Saturno. Contudo, o anel só aparecerá quando uma das suas luas, a Fobos, acabar por se ‘partir’ na totalidade durante metade da sua órbita. Esta lua, que mede entre 20 e 26 quilómetros, está a perder aos poucos a sua consistência e chegará a um momento em que já não aguentará as fissuras e partirá [originando uma chuva de meteoros], conta o ABC.

Segundo a NASA, este fenómeno é ‘a semente’ para que um anel à volta de Marte se crie. Graças ao dados recolhidos pela sonda MAVEN, os investigadores Jayesh Pabari e P. J. Bhalodi afirmam que é possível que a poeira das luas se esteja a acumular e que, com o tempo, forme o tal anel. O estudo foi publicado esta terça-feira na revista Icarus.

A investigação já vem de trás, quando os cientistas encontraram algumas pequenas partículas em órbita por Marte, que desde logo se deduziu serem poeiras interplanetárias. Mas outra teoria sobre estas partículas foi criada: seriam das luas de Marte, que têm sofridos impactos de outras rochas e que, por sua vez, estão a libertar poeiras através das suas fissuras.

A sonda MAVEN conseguiu analisar as partículas que se encontram nas proximidades de Marte e sabe-se agora que parte delas vêm, efetivamente, da colisão de rochas com as luas. Outra parte das partículas tem origem no próprio planeta Marte. Mas para que se saiba efetivamente se estas partículas se poderão unir e formar um anel há que medir o seu tamanho. E foi precisamente a essa investigação que Pabari e Bhalodi se têm dedicado. Ainda que não possam confirmar que se irá formar um anel, os investigadores afirmam que existe uma grande possibilidade de tal acontecer.

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