O Irão pediu autorização para comprar 950 toneladas de urânio concentrado ao Cazaquistão, num período de três anos, para poder desenvolver o seu programa nuclear civil, anunciou o chefe da organização iraniana de energia atómica (OIEA). O anúncio do pedido foi feito pelo organismo encarregado de supervisionar o acordo nuclear concluído em julho de 2015 pelo Irão e seis grandes potências, os Estados Unidos, China, Rússia, França, Reino Unido e Alemanha.

O chefe da OIEA, Ali Akbar Salehi, disse a agência de notícias ISNA que a compra será feita “em três anos” e em dois tempos, ou seja, “650 toneladas em dois carregamentos e 300 toneladas no terceiro ano”. Akbar Salehi disse que a última remessa urânio concentrado seria transformado para obter urânio enriquecido e vendido nesta forma ao Cazaquistão.

O acordo nuclear com grandes potências permite ao Irão enriquecer urânio a 3,5% e vender para outros países. A fabricação de armas nucleares requer enriquecimento de urânio a 80%.

Akbar Salehi afirmou que, desde a entrada em vigor do acordo nuclear em janeiro de 2016, o Irão já importou cerca 382 toneladas de urânio concentrado, em grande parte da Rússia, e vendeu como urânio enriquecido a 3,5% a outros países, conforme o acordo.

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