O Instituto Nacional de Estatística (INE) reviu hoje em alta o crescimento do quarto trimestre de 2016, de 1,9% para 2%. A procura interna contribui positivamente para este resultado, enquanto a procura externa líquida penalizou o PIB. A revisão em alta não alterou o crescimento médio do ano, que se mantém em 1,4%, menos 0,2 pontos percentuais (pp) que o verificado no ano anterior.

O contributo da procura interna para a variação do PIB diminuiu, refletindo sobretudo a redução do investimento e, em menor grau, o ligeiro abrandamento do consumo privado. Já a procura externa líquida melhorou, passando de um contributo de -1,0 pontos percentuais em 2015 para 0,1 em resultado da desaceleração das importações de bens e serviços, que foi mais acentuada no capítulo das exportações.

No quarto trimestre do ano passado, o PIB aumentou 2,0% em volume face ao mesmo período do ano anterior, tendo sido revisto em alta face à estimativa rápida. A aceleração do PIB resultou do maior contributo da procura interna, de uma recuperação do investimento e um crescimento mais intenso do consumo privado. O contributo da procura externa líquida foi negativo (-0,6 pp), após ter sido positivo no trimestre anterior (0,6 pp), com as importações a apresentarem uma aceleração mais acentuada que as exportações.

Taxa de desemprego: a mais baixa desde março de 2009

A taxa de desemprego em Dezembro ficou em 10,2%, ligeiramente abaixo face a Novembro de 2016 (menos 0,3 pp) e ao trimestre anterior (menos 7 pp). Aquele valor coincide com a estimativa provisória divulgada há um mês (10,2%) e é também o valor mais baixo registado desde março de 2009 (10,0%).

O INE estima ainda que, em dezembro, houvesse 520,7 mil pessoas desempregadas, tendo diminuído 3,2% em relação ao mês precedente (menos 17,3 mil pessoas), enquanto a população empregada foi estimada em 4.601,6 mil pessoas, mais 0,4% (mais 16,9 mil pessoas) face ao mês anterior.

A estimativa provisória da taxa de desemprego de janeiro de 2017 foi de 10,2%. Neste mês, a estimativa provisória da população desempregada foi de 521,8 mil pessoas – a da população empregada foi de 4 593,2 mil pessoas, conclui o INE.

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