O Governo moçambicano deve definir metas mais amplas na melhoria da segurança alimentar e nutrição no país e concentrar a política agrária na redução da pobreza, refere um relatório do Fundo Internacional de Desenvolvimento Agrícola (FIDA). Segundo o relatório, apresentado, esta quinta-feira, em Maputo, os agricultores moçambicanos enfrentam dificuldades para comercializar os excedentes, devido a restrições de crédito e infraestruturas, bem como a fraca ligação com o mercado. “Outras áreas para melhoria são a gestão sustentável de recursos naturais, apoio aos serviços rurais de microfinanças, eficiência na implementação dos projetos e uso de provedores de serviços, gestão do conhecimento e diálogo sobre políticas”, diz o documento.

Referindo-se à sua atuação em Moçambique, o FIDA, que integra o grupo de agências das Nações Unidas, refere que já desembolsou 237 milhões de dólares, entre 2010-2016, para seis projetos de desenvolvimento rural em todas as 11 províncias moçambicanas. “Os projetos financiados pelo FIDA se concentram, principalmente, no desenvolvimento de cadeias de valor para produtos hortícolas, mandioca e gergelim, pecuária e pesca, além de ajudar os produtores a aumentar a produção e obter acesso a financiamento”, diz o relatório.

Na execução dos seus projetos, prossegue o documento, o FIDA atuou em linha com as prioridades do Governo, integrando ainda componentes de educação nutricional, no quadro do Sistema Nacional de Extensão Agrária. “Os impactos positivos em Moçambique também incluem um significativo desenvolvimento de capacidade no âmbito institucional, comunitário e individual, melhorias no acesso a microcrédito para bens de uso doméstico e pequeno comércio por meio de grupos de poupança e crédito, bem como empoderamento das mulheres mediante iniciativas de alfabetização”, acrescenta o relatório.

PUB • CONTINUE A LER A SEGUIR