A EDP não tem planos para mudar a estratégia para o mercado americano, em resposta a uma política energética mais amiga dos combustíveis fósseis, associadas à administração de Donald Trump. Os Estados Unidos são hoje, reconheceu António Mexia, a principal plataforma de crescimento da empresa. São, em particular, um mercado fundamental para a atividade da EDP Renováveis que em 2008 ascendeu ao topo das maiores empresas mundiais do setor renovável com a compra da americana Horizon.

Nos Estados Unidos, os apoios concedidos às energias renováveis são decididos a nível estadual e não federal e há cada vez mais estados a incentivar estas formas de energia, adiantou o presidente executivo da empresa, durante a apresentação dos resultados de 2016. Além disso, o preço das eólicas é competitivo e a procura no mercado vai continuar a crescer, já que a oferta renovável representa apenas 7%.

António Mexia destaca ainda a importância da estabilidade regulatórias. “Nos Estados Unidos, o passado não é incerto” e as mudanças de regras quando acontecem só têm efeitos para o futuro, há previsibilidade, citando o caso recente de uma redução nas ajudas às eólicas que foi aprovada ainda durante a anterior administração americana. Ao contrário do que acontece por vezes na Europa em que o “passado passou a ser incerto” — uma referência a mudanças políticas ou de regulação como os cortes das rendas que aconteceram em Portugal e Espanha — e isso afeta as decisões de investimento.

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