O ministro da Economia afirmou, esta sexta-feira, que a reunião da 5.ª Comissão Mista Portugal-Argélia permitiu “avanços importantes” na área da normalização dos produtos e da métrica que são relevantes para abrir melhor este mercado às empresas portuguesas.

Falando à agência Lusa no Ministério da Economia, em Lisboa, Manuel Caldeira Cabral explicou que houve também avanços, no período entre as reuniões, “no licenciamento de produtos para exportação no caso dos produtos agroalimentares, que é igualmente uma área sempre importante e uma área em que Portugal tem sempre muitas oportunidades”.

Segundo Caldeira Cabral, a Argélia é um mercado com “oportunidades muito interessantes” o que pode ser demonstrado pela presença, esta tarde, de 120 empresas portuguesas que se vão encontrar com 75 empresas argelinas no seminário empresarial Luso-Argelino organizado pela AICEP Portugal Global, em Lisboa. Na reunião conjunta foi ainda salientado o interesse na área da construção e falou-se dos projetos que já existiram nesta área.

Já houve grandes projetos de construção em que participaram empresas portuguesas na Argélia e vão continuar. A Argélia vai fazer novos projetos na área da construção”, esclareceu o governante.

Sobre a área das energias renováveis, Manuel Caldeira Cabral, lembrou o “grande interesse” demonstrado e a curiosidade sobre o sucesso que Portugal tem neste domínio, em particular no solar.

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A Argélia está a desenvolver um programa muito importante ao nível do solar e quer a colaboração [através de parcerias] das empresas portuguesas, quer na parte da instalação, da gestão da rede, quer ao nível da construção dos próprios painéis”, explicou à Lusa.

Além disso, este país do Norte de África tem projetos na área da construção naval e o nível das infraestruturas tecnológicas que “podem ter muito interesse” para as empresas portuguesas.

Ao nível das tecnologias de informação, domínio em que Portugal tem atualmente empresas “do melhor que há no mundo” e que já estão internacionalizadas, o mercado argelino surge como mais “uma oportunidade” para crescerem também, pois “há projetos muito interessantes”, realçou o governante.

Vi da parte do Governo argelino e do ministro da Indústria e Minas da Argélia, Abdeslam Bouchouareb, muito interesse pela nossa experiência de e-governance [governança eletrónica], bem como colaborar ao nível das tecnologias de informação quer no âmbito empresarial, como no quadro da modernização”, realçou o responsável.

Segundo o ministro, a Argélia está atualmente num “processo de diversificação” da sua economia. Neste sentido, “as empresas portuguesas podem participar”, disse, adiantando que o país reviu o seu código de investimento por forma a melhorar as condições para as empresas operarem no país.

Os dois governos vêm com bons olhos a cooperação conjunta nas áreas da simplificação administrativa e de uma maior segurança para que as empresas possam investir e aumentar as exportações.