Os recentes combates na provícia de Alepo, no norte da Síria, causaram aproximadamente 66 mil deslocados, revelou hoje a Agência das Nações Unidas para a Coordenação dos Assuntos Humanitários (OCHA). “Isto inclui cerca de 40 mil pessoas de Al-Bab e da cidade próxima de Tadef, bem como 26 mil pessoas de comunidades a leste de Al-Bab”, na província de Alepo, no norte da Síria, detalhou a OCHA.

Al-Bab era um importante bastião dos ‘jihadistas’ do EI no norte da Síria, mas as forças turcas e grupos rebeldes sírios aliados conseguiram recuperar o controlo da cidade no final do mês passado, após semanas de intensos combates.

A OCHA indicou que 39.766 deslocados da cidade fugiram para áreas controladas por outras forças rebeldes a norte, e que a “elevada contaminação” de bombas por explodir e outras armadilhas mortais implantadas pelo autoproclamado Estado Islâmico (EI) aquando da sua retirada estava dificultar os seus esforços para regressar.

E, desde 25 de fevereiro, sublinhou a OCHA, outros 26 mil fugiram da violência a leste de Al-Bab, onde as forças governamentais sírias também travam uma ofensiva contra o EI.

Muitas dessas pessoas encontraram refúgio em zonas em torno de Manbij, uma cidade controlada pelas Forças Democráticas da Síria, uma coligação de cerca de 30 mil combatentes curdos e árabes, apoiadas pelos Estados Unidos.

PUB • CONTINUE A LER A SEGUIR

No sábado, o Observatório Sírio dos Direitos Humanos (OSDH), organização com sede em Inglaterra, indicou que 30 mil pessoas tinham sido deslocadas pelos confrontos entre as forças do regime e os extremistas do EI.

Desde que a guerra estalou na Síria, em março de 2011, mais de metade da sua população foi obrigada a abandonar as suas casas.

A província de Alepo alberga dezenas de milhares de deslocados, muitos dos quais a viver em acampamentos perto da fronteira com a Turquia. A guerra civil na Síria já causou mais de 300 mil mortes.