A Bélgica e a Grécia estão entre os países mais benevolentes para violadores, de acordo com um relatório da Organização Não-Governamental Equality Now, noticiado pelo The Guardian. Em vários dos países, a violação ainda é considerada mais um crime moral do que um crime violento, em que os violadores têm a possibilidade de escaparem a penas se chegarem a acordo ou, até, se se casarem com as vítimas.

O mesmo relatório aponta que na Grécia, Sérvia, Rússia e Tailândia os agressores sexuais podem escapar ilesos se, por exemplo, a criança for “considerada demasiado jovem para consentir” o ato sexual. O documento denuncia que as leis não estão a ajudar a evitar um dos crimes mais praticados à escala mundial, já que dão sinais de que a violação não é um crime grave e atiram o estigma da vergonha para o sobrevivente.

De acordo com a Organização Mundial de Saúde, 35% das mulheres em todo o mundo sofreram de violência física ou sexual e que 120 milhões de crianças em todo o mundo tiveram, em algum momento, “relações sexuais forçadas ou atos sexuais forçados.”

O relatório aponta os países em que os violadores podem sair incólumes. A violação da mulher pelo marido é legal no Gana, Índia, Indonésia, Jordânia, Lesoto, Nigéria, Omã, Singapura, Sri Lanka e Tanzânia. Já em países como Barein, Iraque, Jordânia, Kuwait, Líbano, Palestina, Filipinas, Tajiquistão e Tunísia um violador pode escapar à condenação se casar com a vítima. O mesmo é possível na Grécia, Rússia, Sérvia e Tailândia desde que “no casal que tem o relacionamento sexual” a criança seja considerada legalmente jovem demais para consentir o sexo. Os violadores podem ainda escapar a uma pena se alcançar um acordo com a vítima ou família da vítima (monetário) em países como a Bélgica, Croácia, Iraque, Jordânia, Cazaquistão, Líbano, Palestina, Nigéria, Roménia, Rússia, Singapura e Tailândia.

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