Em 2014, Mario Götze tornou-se Super Mário e passou a fazer capa em todos os jogos de consola: aos 113 minutos da final do Campeonato do Mundo, o pequeno avançado que tinha entrado para o lugar do gigante Klose recebeu um cruzamento de Schürrle da esquerda, parou no peito e disparou de ângulo apertado para a baliza da Argentina, deixando todos em estado de êxtase incluindo a sempre reservada Angela Merkel. A partir daí, ganhou o campeonato e a taça da Alemanha e transferiu-se do Bayern para o Borussia Dortmund. Hoje, está em casa.

Depois de, na semana passada, o adversário do Benfica na Liga dos Campeões ter emitido um comunicado onde explicava o afastamento do jogador de 24 anos “por tempo indeterminado”, devido a um distúrbio metabólico, Götze continua em casa, sentado no sofá, à espera de um programa de tratamento que será criado para debelar o problema que o faz andar quase sempre com problemas musculares. “Está bem mas não há muito mais a fazer a não ser estar sentado em casa à espera”, explicou o pai, Jurgen, professor na Universidade de Tecnologia de Dortmund, em declarações ao jornal Bild.

“Não existe um plano de terapia e o tratamento exato será decidido em breve. Temos de ser pacientes, ele tem de deixar andar as coisas nesta altura”, acrescentou o pai do jogador que está a ter a temporada menos conseguida desde 2010/11, com um golo em 11 jogos. “Vou fazer um tratamento. Farei tudo para voltar aos treinos e ajudar a nossa equipa a marcar golos”, salientou o internacional alemão após o anúncio do problema físico.

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Mario Götze começou a dar nas vistas em 2009, quando foi considerado o melhor jogador do Campeonato da Europa de Sub-17. No ano seguinte, estreou-se pela equipa principal do Borussia Dortmund, tendo ganho dois campeonatos e uma taça antes de transferir-se para o Bayern pelo valor da cláusula de rescisão: 37 milhões de euros. Nos bávaros, além de ter sido tricampeão, ganhou ainda mais um Mundial de clubes, duas taças e uma supertaça. Regressou ao clube de formação no início desta temporada, por “apenas” 22 milhões.

Agora, enquanto o futebol que consegue ter é na ponta dos dedos com a consola, luta apenas por fazer aquilo que mais gosta: jogar nos relvados.