O português Nelson Évora, que no domingo se sagrou campeão europeu de triplo salto, disse esta segunda-feira que pretende ganhar mais títulos, agora que “mudou de vida”, e está motivado com o novo treinador e colegas de treino que “são todos Ferraris”.

Eu simplesmente procurei o melhor para mim e agora está aqui o resultado”, disse Nélson Évora à chegada a Madrid, onde passou treinar desde há alguns meses com o cubano Ivan Pedroso, mostrando-se satisfeito por, “com tantas mudanças”, ter conseguido defender o seu título.

O atleta do Sporting garante estar motivado “para poder fazer um bom Mundial” e não tem dúvidas de que, para chegar lá, “há que estar bastante melhor”.

Nelson Évora sagrou-se domingo em Belgrado campeão da Europa do triplo salto, renovando o título que alcançara há dois anos.

Agora tenho um grupo de treino em que são todos Ferraris. Nenhum dos meus colegas de treino é um atleta mediano, são todos atletas com capacidade para fazer coisas incríveis todos os dias”, sublinhou Nélson Évora.

Nos Europeus de pista coberta, o atleta do Sporting ganhou com a marca de 17,20 metros, o seu melhor registo da época, à frente do italiano Fabrizio Donato (17,13) e do alemão Max Hess (17,12).

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O meu objetivo [de bater o recorde nacional] de pista coberta não aconteceu ontem por pouco“, lamentou Évora, acrescentando que agora vai ter de esperar pelo próximo ano.

Em 2015, em Praga, Nélson Évora já tinha conquistado o título em pista coberta com a marca de 17,21 metros, à sexta tentativa.

O atleta português lançou mais um desafio: “Vou tentar bater o record nacional de ar livre 17,74 metros, esse é o principal objetivo também”, disse.

Para o português, que este ano fará 33 anos, o palmarés chega às sete medalhas em grandes competições. Além destes dois títulos europeus ‘indoor’, foi também campeão olímpico e nos Mundiais absolutos conseguiu os três lugares do pódio — campeão em 2007, ‘vice’ em 2009 e bronze em 2015).

Foi ainda terceiro no Mundial de pista coberta de 2008, a que se pode juntar mais sete lugares de ‘top-8’ a este nível, só como sénior.

A sua carreira sofreu uma fase de quase apagamento entre 2010 e 2012, com várias lesões, uma das quais bem grave (fratura da tíbia direita) e cirurgias, mas conseguiu superar isso e ressurgir a um nível de novo bastante positivo, numa espécie de ‘segunda carreira’, que pretende prolongar por mais alguns anos.