Moçambique perde anualmente 67 milhões de dólares (63,3 milhões de euros) devido à pesca ilegal e precisa de reforçar o sistema de fiscalização da atividade piscatória, indicou esta terça-feira o Ministério do Mar, Águas Interiores e Pescas. Falando num seminário sobre a formulação de estratégias na área das pescas, o diretor de Operações no Ministério do Mar, Águas Interiores e Pescas, Leonid Chimarizene, afirmou que as autoridades moçambicanas apostam na instalação do equipamento do Sistema de Monitorização de Navios (VMS, na sigla em inglês) nos 270 navios licenciados para pescar nas águas moçambicanos, visando o controlo da atividade.

“Este é um sistema que permite às entidades que regulam a atividade piscatória seguir e monitorizar os navios, é um sistema usado em vários países para melhorar a gestão e sustentabilidade do ambiente marítimo, assegurando práticas adequadas de pesca e impedindo a pesca ilegal”, afirmou Chimarizene.

Com a instalação do equipamento VMS, prosseguiu o diretor de Operações do Ministério do Mar, Águas Interiores e Pescas, será possível às autoridades acompanhar a forma como os navios pesqueiros estão a desenvolver a atividade. “O maior problema são os navios estrangeiros que poderão entrar nas águas territoriais moçambicanas sem o equipamento VMS, escapando, por isso, ao controlo”, acrescentou Leonid Chimarizene.

Por seu turno, o vice-ministro do Mar, Águas Interiores e Pescas, Henriques Bongece, declarou que a pesca ilegal é um mal que afeta todos os Estados costeiros, sobretudo os menos desenvolvidos “reduzindo significativamente os recursos económicos e naturais”. A pesca ilegal, continuou Bongece, assola principalmente os países costeiros menos desenvolvidos.

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