A Procuradoria-Geral da República de Moçambique (PGR) anunciou esta terça-feira que deduziu acusação contra sete pessoas por exercício de atividade financeira ilegal e que permitiu aos envolvidos receberem depósitos no valor de 482 milhões de meticais (seis milhões de euros). Em comunicado enviado à Lusa, a PGR moçambicana refere que os sete arguidos, seis moçambicanos e um chinês, vão responder em tribunal por um crime de exercício ilícito de recetação de depósitos e outros fundos reembolsáveis, um crime de burla por defraudação, um crime de associação e outro crime de branqueamento de capitais.

Com a conduta dos arguidos, diz a nota de imprensa, o Estado deixou de arrecadar para os seus cofres mais de 29 milhões de meticais em impostos (3,8 milhões de euros), sobre cerca de 482 milhões de meticais apurados (mais de seis milhões de euros). Segundo a denúncia, os interessados depositavam a favor da associação e em contas bancárias que esta fornecia por um mínimo de 20 mil meticais e ao fim de 30 dias, recebiam o valor depositado, acrescido de 30% de juros.

Os arguidos praticavam a atividade em Maputo e os juros elevados que pagavam aos depositantes geraram um grande interesse junto da população da capital, levando muitas pessoas a acorrerem aos seus serviços, tendo até alguns clientes se endividado junto à banca para aproveitarem o preço.

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