Carlo Croce, médico italiano especialista em oncologia e famoso por ter feito muitos avanços no estudo genético do cancro, está a ser acusado por outros cientistas de ter falsificado resultados, exagerado nas conclusões dos estudos que assina sobre terapêuticas contra o cancro e de “estar mais preocupado em produzir documentos do que em avaliar cuidadosamente os seus dados experimentais”.

A denúncia é feita numa investigação do The New York Times. De acordo com registos federais e estatais, denúncias e correspondência trocada com revistas científicas a que o The New York Times teve acesso, Carlo Croce falsificou dados científicos nos seus estudos. Isso coloca em causa a veracidade de todas as investigações assinados pelo médico italiano, que recebeu 86 milhões de dólares em financiamentos governamentais e mais de sessenta prémios.

Em declarações ao Corriere della Sera, Carlo Croce anunciou que vai por o jornal em tribunal: “É só especulação, não há factos. É uma caça às bruxas. Eu vou avançar com um processo no tribunal por difamação”. Com voz tranquila, conta o jornal italiano, o oncologista diz que “o artigo no New York Times recolhe uma longa série de alegações feitas ao longo dos anos por anónimos, mas não há nada de concreto. Eu já tinha respondido a muitos desses relatório anónimos e a universidade (de Ohio) já tinha feito todas as verificações necessárias. Nunca foi confirmado qualquer erro”.

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