O ambiente político entre as potências europeias era tenso. A filosofia imperialista ganhava cada vez mais expressão na Alemanha, no Império Austro-Húngaro, em França e no Império Britânico, em Itália, no Império Otomano e no Russo. Em 1914, veio a gota de água: Francisco Fernando da Áustria, arquiduque do Império Austro-Húngaro e sucessor ao trono, foi assassinado por um nacionalista jugoslavo. A tensão libertou-se e o mundo entrou no maior conflito a que tinha assistido. Era a “Guerra das Guerras”.

Os movimentos sufragistas femininos tinham começado havia vinte anos na Nova Zelândia e já tinham navegado até à Europa. As mulheres procuravam agora mais igualdade de oportunidades: exigiam um salário mais próximo ao dos homens, um horário laboral mais justo, acesso aos cargos mais altos do governo e, claro, o direito ao voto. Encontraram terreno fértil à sua emancipação naqueles tempos negros da I Guerra Mundial: os homens estavam na frente de guerra, por isso elas herdaram os trabalhos que até então estavam reservados a eles. Trabalhavam nas fábricas de produção, na agricultura, no Exército e na Marinha.

A força que demonstraram trouxe frutos: em 1917 foi aprovado o Representation of the People Act: depois de várias manifestações que dominaram as ruas e dos esforços de guerra, as mulheres conquistaram o direito ao voto e à participação cívica. Outros países foram seguindo o exemplo britânico. Na fotogaleria vai encontrar algumas fotografias que mostram como trabalhavam as mulheres há cem anos, em 1917, quando os homens partiram para a guerra.

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