O Estado deve cerca de 7 milhões de euros a 120 colégios autorizados a receber crianças vindas de famílias carenciadas e com direito a subsídio público, avança esta quinta-feira a edição do Jornal de Notícias (link ainda não disponível). Em causa estão os contratos simples que o Ministério da Educação ainda não assinou, mas também o facto de ainda não ter sido disponibilizada a primeira de três tranches anuais, habitualmente paga no final do primeiro trimestre de aulas.

A dívida de sete milhões diz respeito a 20 mil crianças, tal como disse Rodrigo Queiroz e Melo ao jornal já citado. O diretor-executivo da Associação de Estabelecimentos de Ensino Particular e Cooperativo garante ainda não obtido resposta oficial por parte do Ministério, ao mesmo tempo que assegura que os salários não estão em risco e que não há perigo de os colégios fecharem. No entanto, Queiroz e Melo fala em aflição:

O tempo passa e não temos resposta nenhuma oficial, começamos a ficar aflitos”, disse ao JN. Segundo Queiroz e Melo, também as famílias estão a ficar “aflitas” porque sem o apoio do Estado terão mais dificuldade em pagar as mensalidades.

Acrescente-se que a fase de pagamento da segunda tranche, por parte do Estado, aproxima-se a passos largos e já há muitos colégios em fase de pré-inscrição. Os chamados contratos simples, que existem há sensivelmente 30 anos, resultam de um financiamento do Estado concedido a famílias carenciadas para que estas consigam pagar as propinas respeitantes aos colégios privados.

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