Esta foi uma sexta-feira em que o telefone dos Bombeiros Sapadores de Lisboa tocou mais do que habitualmente. Ou melhor, tocou mais do que habitualmente por causa de ocorrência relacionadas com enxames de abelhas em vários locais da cidade. Ao todo, de manhã e até meio da tarde, contam-se cinco ocorrências: em Alvalade, na Avenida 24 de Julho, na Rua das Flores de Santa Cruz — paredes-meias com o Castelo de S. Jorge — e, por fim, na Rua Almeida Brandão, perto da Assembleia da República.

A “culpa” é do calor. Ou da acentuada subida da temperatura de uma semana para a outra. Mas a situação não é inédita para os bombeiros. “Nesta altura do ano, março, abril, maio, sempre que a temperatura sobe, é isto: as abelhas deixam a colmeia onde estão e vão criar uma noutro sítio. Habitualmente nesta altura temas uma ou duas chamadas por dia. Hoje [sexta-feira] é que foram mais”, explica ao Observador Jorge Trindade, chefe de turno dos Bombeiros Sapadores de Lisboa.

Mais uma razão para se preocupar com o desaparecimento das abelhas

Mas o que fazer quando um enxame nos “toca” à porta? Jorge Trindade explica: “Olhe, abelhas não é a minha especialidade, não é? [Risos] As chamadas que recebemos são sobretudo de casas particulares onde as abelhas se instalaram. Em sítios públicos não há queixas. O que nós pedimos às pessoas é que não tentem matar as abelhas. Nós trataremos de contactar os apicultores e são eles que vão até ao local recolhe-las e devolver à colmeia.”

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