O treinador do Sporting de Braga disse que a sua equipa está gradualmente a melhorar e que uma vitória em Chaves, no sábado, na 25ª jornada da I Liga de futebol, vai trazer ainda mais confiança. Os minhotos quebraram na última jornada um ciclo de seis rondas sem vencer, batendo em casa o Arouca (3-1), e deslocam-se agora ao terreno dos flavienses, que Jorge Simão orientou na primeira metade da temporada.

“Fui muito bem tratado em Chaves e tenho um sentimento de gratidão pelas pessoas do clube e da cidade, mas não quero tornar a coisa pessoal, isto é só um jogo e sou um profissional de futebol e do Sporting de Braga, as emoções não serão certamente importantes para o que vai ser o jogo”, afirmou o treinador, na conferência de imprensa de antevisão.

Jorge Simão disse esperar, “como é óbvio, dificuldades” no terreno dos transmontanos, mas depois da vitória diante dos arouquenses, assumiu que a equipa bracarense está mais forte psicologicamente. “Venho a notar que, gradualmente, temos vindo a melhorar, independentemente de só termos conquistado três pontos no último jogo. Temos vindo a melhorar a qualidade dos nossos comportamentos individuais e, enquanto equipa, uma vitória ajudará a certamente a termos mais confiança”, disse.

Battaglia está de fora por lesão, tal como Pedro Tiba e Fábio Martins no Desportivo de Chaves por serem jogadores emprestados pelo Sporting de Braga, mas Jorge Simão desvalorizou a ausência do médio argentino, um dos jogadores, tal como Paulinho e Assis, que trouxe de Trás-os-Montes. “Por cada um que não pode dar o seu contributo, há outro à espera com qualidade para ajudar a equipa. É uma oportunidade para outros aparecerem e fico até ansioso por ver que rendimento podem dar à equipa. Quanto ao Chaves, acredito que pensam exatamente o mesmo, sendo que julgo que será o Patrão e o Davidson a jogar”, anteviu. Defendeu ainda que nem ele nem os jogadores do Desportivo de Chaves tirarão vantagens de um maior conhecimento mútuo.

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“Vivi naquele balneário seis meses e o que eu conheço a mais são as relações pessoais e isso não joga, apenas o que eles dão em campo e isso é visível para todos. A mesma coisa ao contrário, eles sabem como penso e funciono, mas eu não vou jogar nem marco golos, não acredito que haja vantagens para nenhum dos lados”, disse.

Deixou ainda um “elogio” ao treinador do Desportivo de Chaves, Ricardo Soares, “pela postura que teve quando entrou no clube e que tem mantido”, para “retribuir a simpatia que ele teve naquele momento”. “As coisas estão diferentes, como é óbvio, porque há uma liderança e ideias diferentes, mas ele teve o grande mérito de pegar numa equipa que estava a fazer um bom trajeto e ir retocando”.

Quando questionado sobre se continuará no comando técnico do Sporting de Braga independentemente do vencedor das eleições de maio, para as quais se perfilam duas candidaturas, a do atual presidente, António Salvador, e a do antigo guarda-redes de futsal do clube António Pedro Peixoto, o diretor de comunicação interveio para notar que “o processo eleitoral ainda não está formalmente aberto” e o técnico não respondeu.

Sporting de Braga, quarto classificado com 42 pontos, e Desportivo de Chaves, sétimo com 32, defrontam-se no sábado, às 18h15, no Estádio Municipal de Chaves, num jogo que vai arbitrado por Vasco Santos, da associação do Porto.