Alberto Contador (Trek-Segafredo) bem tentou, mas foi mesmo o ciclista colombiano Sergio Henao (Sky) a vencer o Paris-Nice, depois de segurar a amarela no final na última etapa, vencida pelo espanhol David de la Cruz (Quick-Step Floors).

Contador voltou a dar mostras de uma fibra quase única no pelotão, lançando-se num ataque precoce ao quilómetro 66 dos 115, 5 com início e chegada a Nice para tentar recuperar os 31 segundos de atraso que tinha para o camisola amarela, mas viu o seu compatriota David de la Cruz negar-lhe a maior das alegrias.

O líder espanhol da Trek-Segafredo foi apenas segundo na meta, atrás do ciclista da Quick-Step Floors, que cumpriu a oitava tirada em 02:48.53 horas, e perdeu preciosos quatro segundos de bonificação que lhe teriam dado a sua terceira vitória na geral do Paris-Nice (2007 e 2010). Assim, Contador teve de contentar-se com ser novamente segundo — também o foi na Volta à Andaluzia -, a dois segundos do grande vencedor, o colombiano da Sky.

“Voltou a faltar um bocadinho. Foi uma pena. Mas dei tudo até à meta”, disse o vice da prova francesa.

Depois de atacar na Cote de Peille, o madrileno, com a preciosa ajuda de Jarlinson Pantano, livrou-se dos seus companheiros de fuga a subir o Col d’Eze e desceu como um ‘louco’, na companhia de De la Cruz, para se juntar a Marc Soler, que seguia isolado na frente e foi alcançado a sete quilómetros da meta — o espanhol da Movistar foi terceiro na etapa, a cinco segundos dois dos primeiros.

PUB • CONTINUE A LER A SEGUIR

À entrada no último quilómetro, a amarela virtual ainda era de Contador, mas foi mesmo o surpreendente Henao, tão consistente quanto discreto ao longo, a festejar no pódio final.

O campeão nacional colombiano, que foi 12.º na etapa, a 21 segundos do duo da frente, garantiu a quinta vitória em seis edições para a Sky, sucedendo no palmarés da prova francesa ao seu colega britânico Geraint Thomas, que, curiosamente, no ano passado bateu Contador por quatro segundos.

Henao é apenas o segundo ciclista colombiano na história a vencer o Paris-Nice, depois de Carlos Betancur em 2014, e é também o vencedor com a menor margem de sempre.

Em terceiro, a 30 segundos, ficou o irlandês Daniel Martin (Quick-Step Floors), com José Mendes (Bora-hansgrohe) a ser 98.º, a 01:28.54 horas.

O campeão nacional esteve em evidência na oitava e última etapa, ao ser 27.º, a 02.30 minutos de De la Cruz.