A União para as Liberdades Civis na América (ACLU) organizou hoje uma “oficina de resistência” que anunciou uma plataforma de base para combater as “políticas anticonstitucionais” do Presidente Donald Trump.

No decurso de uma iniciativa na universidade de Miami (sul da Flórida) e transmitida em direto pela Internet em 2.000 pontos de encontro no país, a principal organização de defesa de direitos civis dos Estados Unidos apresentou a plataforma PeoplePower.org., destinada a coordenar a defesa dos direitos constitucionais.

“Necessitamos que sejam protagonistas nesta luta. Nós vamos fazer a luta nos tribunais, vocês nas ruas. O fracasso não é uma opção”, disse aos participantes Anthony Romero, diretor-executivo da ACLU.

O mesmo responsável destacou valores como “a liberdade de expressão, a liberdade de dissidência, o direito a um processo judicial justo”, e que se encontrarão ameaçados sob a atual Presidência de Trump.

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Romero assinalou ainda que com esta nova campanha vão ser utilizadas todas as ferramentas para defender “o respeito pelas leis” e o direito à igualdade “seja de indocumentados, muçulmanos ou membros da comunidade LGTB [lésbicas, gays, bissexuais e transexuais]”.

“A nossa organização foi formada para assegurar que cada pessoa possa viver com dignidade”, sublinhou, antes de referir que a campanha foi decidida “porque as pessoas que querem estar comprometidas, querem ser protagonistas desta luta”.

Por sua vez, o diretor de política nacional da ACLU, Faiz Shakir, assinalou que “um ataque e um de nós é um ataque a todos”, numa alusão à nova versão do decreto anti-imigração firmado esta semana pelo Presidente Donald Trump, que restringe a entrada a refugiados e cidadãos de seis países de maioria muçulmana.

“À medida que Trump prossegue com a sua agenda de ódio, necessitamos viver com o nosso amor. Faça o que fizer, que tenhamos uma reação igual, e de oposição”, sugeriu Shakir.

A iniciativa de hoje foi destinada a apresentar a plataforma PeoplePower.org., que oferece ferramentas digitais que ajudam a treinar os voluntários na sua missão de “resistir às políticas ilegais em todo o país”.