Parece que nem tudo o que o Estado Islâmico (EI) destruiu eram mesmo obras de arte com milhares de anos. Novos dados mostram que parte das peças destruídas no Museu de Mossul em 2015 eram, afinal, falsificações.

Uma das maiores barbaridades do Estado Islâmico, além de ceifar vidas humanas e espalhar o terror por onde passa, foi a destruição de incontáveis monumentos e arte com milénios de história, como foi o caso de Palmira, a cidade síria, elevada a património mundial da humanidade em 1980.

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No entanto, e para alívio da humanidade, parece que nem tudo o que o auto-proclamado EI destruiu eram as verdadeiras obras de arte. Ao que tudo indica, os objetos de arte destruídos no Museu de Mossul, Iraque, não eram as verdadeiras peças. Na altura um vídeo divulgado pelo EI, onde surgiam militantes do grupo extremista a destruir as peças no interior do museu, chocaram toda a comunidade ligada à arte, assim como o mundo em geral, com tamanha destruição. O pretexto era a idolatração dada aos protagonistas das estátuas em vez de se adorar “a Deus todo-poderoso”. Recorde o momento:

https://youtu.be/jBEQ1ljkvyw

No entanto, segundo conta a CNN, depois de analisadas as imagens da destruição, especialistas comprovaram que a maioria das peças destruídas não podiam ser as verdadeiras peças de arte por um motivo: o material que as constituía. Em vez de pedra, as estátuas destruídas eram de gesso. E o que é que protegeu aqueles ‘pedaços’ de história de serem dizimados, às mãos do EI? O acaso. Sim, foi uma mera coincidência que salvou que mais história fosse liquidada. De acordo com a CNN, as peças originais foram retiradas de Mossul no início de 2014 e levadas para Bagdade, não porque se previa uma total destruição por parte do grupo terrorista, mas porque, em breve, o museu da cidade de Mossul iria sofrer alterações. Cerca de um quarto de todo o espólio daquele museu perdeu-se para sempre, mas as restantes peças estarão seguras e em prefeitas condições.