O jugo do Estado Islâmico sobre Mossul, que dura já desde 2014, deverá estar finalmente perto do fim, anunciou este domingo à noite, em Bagdade, o representante de Donald Trump junto da coligação internacional anti-jihadista que luta há meses pela reconquista da cidade.

“Ainda ontem à noite a 9.ª divisão do exército iraquiano cortou a última estrada de saída de Mossul. Todos os combatentes deixados para trás vão morrer porque estão encurralados. Estamos empenhados não só em derrotá-los mas também em garantir que estes tipos não escapam.”

Brett McGurk disse também que o Estado Islâmico já perdeu 65% dos territórios que controlava no Iraque, e mostrou-se otimista relativamente à tomada da zona ocidental da cidade, que deverá decorrer de forma mais rápida e eficaz do que aconteceu com a reconquista da parte leste da cidade, conseguida ao fim de quase 100 dias de combates (de Outubro a Janeiro). De acordo com o general Maan al-Saadi, do serviço de contraterrorismo do Exército iraquiano, um terço da zona ocidental da cidade já está sob controlo das forças governamentais.

Ainda assim, e uma vez que os confrontos se travam já na parte velha da cidade, cujas ruas são demasiado estreitas e labirínticas para permitir a passagem de tanques ou outros veículos blindados, e corpo a corpo, os militares não esperam facilidades, disse o porta-voz do Comando de Operações Conjuntas, o brigadeiro-general Yahya Rasool.

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“Esta batalha não é fácil… estamos a combater um inimigo irregular que se esconde entre civis e que usa táticas de armadilhas, explosões e bombistas suicidas, por isso a operação está a ser levada a cabo cm muita precisão, para preservar as vidas dos cidadãos”, avaliou Yahya Rasool.

A coligação anti-jihadista estima que mais de 600 mil civis estejam ainda retidos nas zonas da cidade controladas pelo Estado Islâmico.

Forças iraquianas retomam ofensiva nos arredores sul de Mossul