Um novo caso de “doença dos legionários” no concelho da Maia foi notificado esta quarta-feira à tarde pelas autoridades de saúde, subindo para quatro o número de confirmações de pessoas infetadas com a bactéria ‘Legionella’, anunciou a Direção-Geral da Saúde (DGS) num comunicado. Contactada pelo Observador, a DGS acrescentou ainda que há outros seis casos em investigação, de pessoas que não estão ligadas à fábrica onde foram detetados os primeiros casos, a Sakthi. O quarto paciente está internado no Hospital de Santo António, também no Porto. A DGS assinala que os dois novos casos “poderão ter adquirido a infeção antes da conclusão dos trabalhos de descontaminação das torres de arrefecimento da empresa”.

O terceiro caso, notificado através do Sistema Nacional de Vigilância Epidemiológica (SINAVE), refere-se a um doente que se encontra internado no Centro Hospitalar de São João, no Porto, com “estado clínico considerado estável”. A DGS adianta que se mantém o nível de alerta, “uma vez que coincide com o último dia do período de incubação correspondente à desinfeção das torres (de arrefecimento de ar-condicionado) suspeitas”.

A autoridade de saúde reitera que “a população residente no concelho da Maia não precisa de tomar cuidados adicionais” e acrescenta que “os trabalhos conduzidos pela Inspeção-Geral do Ambiente (IGAMAOT) confirmam que a unidade fabril está em condições de continuar a laboração”. Isto porque “os trabalhos de desinfeção entretanto concluídos revelaram amostras sem contaminação, segundo o Instituto Ricardo Jorge”, segundo o comunicado da DGS.

O Ministério do Ambiente anunciou entretanto que a inspeção extraordinária à empresa Sakthi revelou a ausência de Legionella pneumophila nas torres de refrigeração da unidade industrial de componentes automóveis.

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A ação foi realizada pela Inspeção-Geral da Agricultura, do Mar, do Ambiente e do Ordenamento do Território realizou, a 13 de março, depois de um pedido feito pela Direção Geral de Saúde para averiguar a eventual presença da bactéria legionella pneumophila. A iniciativa resultou da deteção de um caso de doença do legionário na unidade da Maia, distrito do Porto.

Na inspeção, em que participaram inspetores das equipas de Inspeção Ambiental e de Investigação Criminal, foram realizadas diligências para apurar da eventual existência de contaminação por Legionella pneumophila, designadamente ao nível da recolha de amostras de água das torres de refrigeração e do tanque de arrefecimento. As amostras seguiram para o Instituto Ricardo Jorge no Porto e os resultados, conhecidos esta quarta-feira, revelaram a ausência de Legionella pneumophila em todas as amostras recolhidas.

O Ministério do Ambiente confirma ainda que a empresa se encontra a dar cumprimento ao plano de manutenção das instalações a assegura que não se verifica qualquer risco que justifique a adoção de quaisquer medidas subsequentes.