Um juiz federal do Estado norte-americano do Havai congelou a nova versão da ordem executiva de Donald Trump, Presidente dos Estados Unidos, que iria impedir a entrada de cidadãos de seis países de maioria muçulmana e suspender a entrada de novos refugiados, avançou o diário norte-americano Washington Post. O juiz Derrick Watson tomou a decisão poucas horas antes de o decreto entrar em vigor e a sua decisão tem efeitos imediatos e será estendida a todo o país.

A primeira ordem de Trump, que barrava a entrada a pessoas de sete países de maioria muçulmana, provocou uma onda de protestos por todo o país e não era certo que uma revisão destas viesse a ser aceite pelos tribunais. O juiz aceitou, em vez disso, os argumentos do procurador do estado do Havai, que já tinha avançado com um processo contra a decisão do Presidente dos EUA.

A audiência no Havai desenrolou-se como resposta a um processo iniciado pelo próprio estado, que foi o primeiro a reagir juridicamente à nova ordem executiva de Trump. Em vez de sete países na “lista negra” de imigração, Donald Trump tem agora apenas seis: Somália, Síria, Iémen, Irão, Líbia e Sudão. O Iraque saiu do grupo, muito devido ao facto de que muitos iraquianos trabalharam para os Estados Unidos durante a guerra, por exemplo, como intérpretes.

Os advogados que defenderam o estado do Havai alegam que, tal como aconteceu com a primeira ordem executiva, esta também viola a Primeira Emenda da Constituição, que proíbe o governo de tomar decisões que discriminem um cidadão com base na religião. Além disso, o Havai alega que esta ordem impede as universidades e as empresas sediadas no estado de recrutarem o talento de que necessitam para prosperarem e prejudica o crescimento turístico da região.

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