O Ministério Público cabo-verdiano pediu ao Banco de Cabo Verde (BCV) “para apreciação” todos os documentos e informações disponíveis sobre a resolução do Novo Banco, informou esta quarta-feira a Procuradoria-Geral da República em comunicado.

“Tendo tomado conhecimento da comunicação pública do Banco Central de Cabo Verde, na qualidade de autoridade de supervisão do sistema bancário, através da qual foi anunciada a resolução do Novo Banco […] e considerando as razões que determinaram a adoção da referida medida, a Procuradoria-Geral da República solicitou ao Banco de Cabo Verde a disponibilização de todos os documentos e informações disponíveis relativamente ao assunto, para apreciação”, refere o comunicado.

A PGR adianta ainda que “logo que os documentos e as informações solicitadas forem recebidos, serão analisados e se deles resultarem factos suscetíveis de indiciarem ilícitos criminais tipificados no ordenamento jurídico cabo-verdiano, será determinado a abertura de instrução criminal”.

O banco central cabo-verdiano anunciou quarta-feira da semana passada a resolução e venda à Caixa Económica de Cabo Verde de parte da atividade do Novo Banco, uma instituição de capitais quase exclusivamente públicos, com cerca de 13.200 depositantes e vocacionado para a economia social e o microcrédito, criada durante os governos de José Maria Neves.

A resolução do Novo Banco é um primeiro passo para a sua extinção administrativa que representará um prejuízo estimado em cerca de 16,3 milhões de euros para os cofres do Estado e deixará cerca de 60 trabalhadores no desemprego.

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