O inquérito que visa o candidato presidencial francês François Fillon, sobre possíveis empregos fictícios concedidos a familiares, foi alargado às condições em que roupa de luxo lhe foi oferecida, disse esta quinta-feira fonte judiciária à agência AFP. Segundo a fonte, em causa estão suspeitas de tráfico de influências.

No domingo, o semanário francês Le Journal du Dimanche noticiou que um “amigo generoso” ofereceu dois fatos ao ex-primeiro-ministro no valor de 13 mil euros. De acordo com o jornal, Fillon gastou na casa de moda parisiense Arnys 48.500 euros, entre 2012 e 2017, dos quais 35.500 euros foram pagos por ele, desconhecendo-se quem desembolsou o resto.

François Fillon, que tem alegado a sua inocência e se diz vítima de uma conspiração, afirmou, na segunda-feira, que os presentes não têm “nada que ver” com a política. Os investigadores judiciais vão tentar determinar quem é o misterioso “mecenas” e analisar as suas ligações com o antigo primeiro-ministro.

Na terça-feira, o candidato presidencial conservador, que surge em terceiro lugar nas sondagens, foi acusado, entre outros crimes, de desvio de fundos públicos, no âmbito do dossiê sobre os alegados empregos fictícios, como assistentes parlamentares, da mulher e de dois filhos.

A primeira volta das eleições presidenciais em França realiza-se em 23 de abril.

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