A Casa de Acolhimento para Crianças Refugiadas (CACR), em Lisboa, perdeu o rasto a 15 adolescentes entre os 15 e os 17 anos, em 2016, avança a edição desta sexta-feira do Público. Um dos migrantes tinha apresentado sinais de ter sido vítima de tráfico de seres humanos – é uma rapariga que vinha da Nigéria e que tinha mostrado comportamentos de isolamento.

Dora Estoura, coordenadora da CACR, disse ao Público que apesar de os desaparecimentos serem “naturalmente uma fonte de preocupação”, que não era necessário “criar alarmismos”, lembrando que a instituição é um espaço livre e que as saídas dos menores sem regresso são habituais. Em 2015, 29 dos 66 menores que o centro acolheu também desapareceram do seu radar.

Mas a organização do Conselho da Europa está preocupada com a situação em que vivem os menores vítimas de tráfico em Portugal e incitou as autoridades portuguesas a melhorar a assistência que lhes dão, com apoio na habitação, educação e assegurando uma monitorização da sua reintegração na sociedade.

Nestes casos, os desaparecimentos são comunicados pelo CACR ao Tribunal de Menores e Serviço de Estrangeiros e Fronteiras e se houver suspeita de tráfico, o Observatório de Tráfico de Seres Humanos também é contactado.

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