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Marine Le Pen usa "fake news" para se defender de reportagem polémica

Este artigo tem mais de 5 anos

Na quarta-feira foi publicado um documentário onde militantes da Frente Nacional faziam comentários controversos. Uma notícia falsa disse que um deles era um infiltrado dos media — e Le Pen usou-a.

Marine Le Pen acusou os media de "manobras" e pediu uma "condenação pesada"
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Marine Le Pen acusou os media de "manobras" e pediu uma "condenação pesada"

OLIVIER HOSLET/EPA

Marine Le Pen acusou os media de "manobras" e pediu uma "condenação pesada"

OLIVIER HOSLET/EPA

O canal de televisão francês C8 transmitiu esta quarta-feira uma reportagem polémica sobre a Frente Nacional (FN), que não deixou a direção do partido de extrema-direita indiferente. Além de vários militantes de topo, Marine Le Pen acusou os media de “manobras”. No entanto, a sua acusação parte de uma informação falsa, segundo o Libération, que escreve o seguinte título: “Marine Le Pen e os seus dirigentes apanhados em flagrante delito de ‘fake news'”.

Em “A Face Oculta da FN” (La face cachée du FN, na versão original), que foi feito com recurso a uma câmara oculta, duas pessoas associadas à Frente Nacional foram gravadas a prestar declarações controversas. Enquanto um negava o Holocausto, o outro assumia-se como “racista” e “homofóbico”.

A liderança da FN lidou de maneira diferente com as duas situações. O caso do militante que negava que tivesse havido “mortes em massa” no Holocausto foi amplamente noticiado, uma vez que não se tratava de um militante de base, mas antes de um dirigente da estrutura da FN na região de Provence-Alpes-Côte d’Azur. A direção da FN optou por suspendê-lo de todas as funções.

No entanto, o indivíduo que surge na reportagem a defender o racismo e a homofobia (ideias que a Frente Nacional, sob a liderança de Marine Le Pen, não só tenta afastar como nega publicamente) aparece com a cara pixelizada, não sendo possível determinar a sua identidade. Porém, uma televisão alemã transmitiu as mesmas imagens em que a cara desse indivíduo apareceu descoberta.

Foi a partir daí que, no fórum do Jeux Video, um site onde circulam fotomontagens e também algumas notícias falsas, a imagem não-pixelizada do verdadeiro autor daqueles comentários foi colocada ao lado de um perfil de Facebook de um homem chamado Kevin. Nesse perfil, que agora já se sabe que é falso, podia ser lido que ele era “engenheiro de som” para o CANAL + — que pertence ao mesmo grupo mediático da C8, a televisão que transmitiu a reportagem “A Face Oculta da FN”.

Imagem não pixelizada do autor de comentários racistas e homofóbicos na reportagem “A Face Oculta da FN”

Não demorou muito tempo até circular na Internet de que a C8, para acusar a FN de racismo e homofobia, fabricou uma situação. Pegando na informação do site Jeux Video, militantes destacados da FN, como Cyril Martinez ou Steeve Briois, queixaram-se da C8 nas redes sociais. Pouco depois, Marine Le Pen, a candidata da FN à presidência, juntou-se ao coro de críticas: “Aqui está o tipo de manobras utilizadas pelos media. É uma vergonha e espero que eles sejam condenados de forma pesada”.

Contactado pelo Libération, a produtora do documentário da C8 diz que a imagem divulgada pelos dirigentes da FN é uma “falsidade rude”. “Eles simplesmente acrescentaram a indicação ‘engenheiro de som no Canal +’ ao perfil original”, dizem. Além disso, o Canal + garante que nunca deu emprego ao indivíduo que aparece nessa fotomontagem. “Não temos nenhuma ligação com essa pessoa e nunca a tínhamos visto antes do documentário”, disse o diretor do Canal +, Jacques Aragones, ao Libération.

Além disso, na montagem em questão pode ser lido que “Kevin” tem um curso de audiovisual na escola Louis-Lumière, no subúrbio parisiense de Saint-Denis. Porém, esse curso já não é dado naquela escola há mais de 15 anos, segundo o Libération.

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