O chefe da polícia de Kiev, Andriy Grishchenko, confirmou que o homem morto esta quinta-feira de manhã em Kiev, nas imediações do hotel Premier Palace, é o ex-deputado russo Denis Voronenkov. “O atirador está sob sob custódia policial e encontra-se a receber assistência médica prioritária”, explicou Grishchenko, não adiantando mais pormenores sobre a condição do homicida.

Denis Voronenkov, de 45 anos, foi procurador no Ministério Público Militar russo durante a década de 1990 e chegaria ao parlamento como deputado em 2011, então pelo Partido Comunista, sendo membro da comissão de Segurança e Anti-Corrupção. Curiosamente, ele, Voronenkov, seria em 2015 investigado pela justiça russa por ter adquirido um edifício em Moscovo no valor de cinco milhões de dólares. No ano passado a Forbes publicou uma lista com os dez deputados ou senadores russos que, durante o mandato, ocuparam igualmente o controlo de empresas offshore. Voronenkov era um deles.

O ex-deputado deixou recentemente a Rússia natal acompanhado pela mulher, a cantora Maria Maksakova, e pediu a nacionalidade ucraniana, vivendo em Kiev desde o último outono. Voronenkov alegava estar a ser perseguido pela justiça russa.

Entretanto, e já a residir na Ucrânia, Voronenkov testemunhou contra o anterior presidente ucraniano Viktor Yanukovych, acusado de traição. Alegadamente, Yanukovych terá apelado (por carta) ao parlamento russo para que este aprovasse o envio de tropas russas para o território ucraniano. Voronenkov confirmou a versão em tribunal.

PUB • CONTINUE A LER A SEGUIR