A Federação de Sindicatos da Administração Pública (FESAP) vai fazer hoje um ultimato ao Governo, para que inicie de imediato as negociações na função pública, sob pena de ser marcada uma greve geral dos trabalhadores do Estado.

De acordo com uma moção de urgência que o secretário-geral da FESAP, José Abraão, entregou à Mesa do XIII Congresso da UGT, que começa esta manhã no Porto, os sindicatos da Administração Pública da UGT “aguardam uma resposta positiva e célere por parte do Governo […] para começar imediatamente a trabalhar para resolver os problemas dos trabalhadores do setor público”.

No documento, a que a agência Lusa teve acesso, os sindicatos assumem que estão preparados para “dar corpo ao crescente descontentamento dos trabalhadores, avançando para a convocação de uma greve geral se o Governo não der resposta afirmativa às suas justas reivindicações”.

A FESAP “insta o Governo, em particular o Ministério das Finanças, no sentido de firmar um compromisso com os sindicatos da Administração Pública com vista ao alcance de soluções que resolvam os graves problemas com que os trabalhadores do setor público hoje se deparam”.

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A federação queixa-se do “progressivo esvaziamento da negociação” e reivindica o respeito pela lei da negociação coletiva.

O descongelamento das carreiras, a revisão do regime de avaliação, a tabela remuneratório e os suplementos, e a política de admissões são algumas das matérias que a FESAP quer negociar com o Governo.

José Abraão, o primeiro signatário da moção, entregou-a pouco antes do início da sessão de abertura do congresso e vai apresentá-la aos congressistas durante a tarde.

O secretário-geral da UGT, Carlos Silva, e a presidente da central, Lucinda Damaso, também subscreveram a moção de urgência.