O Presidente da República elogiou o trabalho de Frederico Lourenço de tradução da Bíblia Grega, pelo “diálogo direto com aquilo que o texto original diz”, considerando que é uma obra para crentes e não crentes.

Marcelo Rebelo de Sousa falava durante a cerimónia de atribuição do Prémio Pessoa 2016 a Frederico Lourenço, na Culturgest, em Lisboa.

“Há neste projeto a vontade quase utópica de encontrar uma Bíblia literal, que não é a literalidade dos fundamentalistas, mas dos textualistas, os que buscam com afinco o significado exato dos termos, que em grego é muito diferente do que é em hebraico”, declarou o chefe de Estado.

Marcelo Rebelo de Sousa considerou que “as abundantes e minuciosas notas” dos dois volumes já concluídos “têm como objetivo essa transparência, um diálogo direto com aquilo que o texto original diz”, salientando: “Não necessariamente com o que quer dizer, ou antes, com o que nós queremos que diga”.

“Frederico Lourenço deu-nos uma Bíblia para crentes e não crentes, e ainda para todos os que não sabem em que categoria estão. Mas uma Bíblia literária, em que o esplendor da palavra fosse como que prova suficiente da existência de Deus, quer dizer, do Deus da literatura”, concluiu o Presidente da República, recebendo aplausos.

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