As suas interpretações satíricas de Donald Trump foram uma injeção de energia no Saturday Night Live (SNL). As audiências do lendário programa de comédia, que ocupa as noites de sábado na NBC desde 1975, dispararam — e até o próprio Presidente reagiu, amuado, às imitações de Alec Baldwin. Quando encarna a personagem, o ator, de 58 anos, fica mais ou menos assim:

Em declarações à agência de notícias Associated Press, Alec Baldwin disse que a sua versão do “multimilionário-que-se-tornou-político” não é assim tão realista porque ele interpreta “uma versão um pouco mais maliciosa de Trump”, isto porque “ele acaba por ser citado ipsis verbis” e por isso a forma de imprimir um pouco mais de comédia aos programas é mostrar um Presidente “um pouco mais malicioso”.

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Mas não é por isso que o ator está a pensar em abandonar a personagem, até porque se passasse mais tempo a trabalhar nela, diz Baldwin, “seria possível refinar a imitação”. O problema é mesmo Baldwin não saber se será possível continuar a brincar com Donald Trump. A estrela da série de comédia “50 Rock” disse temer que os Estados Unidos tenham eleito “o seu primeiro Presidente resistente à sátira” e que não sabe se o público “estará muito numa de se rir” à medida que os meses avançam.

“Não sei se as pessoas querem que eu continue com isto. Se tudo ficar na mesma neste país não sei se as pessoas estarão com muita vontade de se rir em Setembro, quando a nova época do SNL começar”, disse Baldwin. No outono “estaremos perto da data que marcará um ano desde a eleição de Donald Trump e as pessoas estarão num momento mental completamente diferente”, completou.

Os cinco melhores momentos

Um dos melhores momentos de Baldwin — e da sua colega Kate McKinnon, que interpreta Hillary Clinton — é ainda antes da eleição. Num suposto último debate, Baldwin e McKinnon interpretam os candidatos de forma brilhante, sempre com o foco nos detalhes que os caracterizam. Trump começa de mansinho, a dizer “que esta noite será calmo” para logo a seguir dizer que os mexicanos são “hombres muito maus”.

Em segundo lugar, o sketch de Natal. Já eleito, Trump festeja o Natal. “Senti obrigação de fazer esta tournée agradecendo a todos os meus apoiantes, colocando-os à minha frente a aplaudir-me de pé”, começa “Trump”. Da chaminé cai um presente muito especial.

A primeira conferência de imprensa de Donald Trump também foi “demolida” pela equipa do Saturday Night Live. “Teremos grandes nomes do cinema na inauguração: Angelina Jolie, Ryan Gosling e Jennifer Lawerence vão lá estar, cortesia do Madame Tussauds”.

Passa a inauguração e Trump está na Casa Branca. Um dos seus principais conselheiros, Stephen Bannon, associado à “alt-right“, aparece ao lado de Trump, vestido de Morte. Donald Trump dá então início a uma série de telefonemas para vários presidentes de todo o mundo e trata o Presidente do México como “o homem que vai pagar pelo muro”

E, finalmente, um episódio em que Alec Balwin decide pegar no tema “Twitter” para brincar com o facto d o Presidente ter eleito a rede social como o seu principal meio de comunicação.

https://www.youtube.com/watch?v=tI3g_laToxE