O artigo “Cancro. As últimas descobertas valem mesmo tanta euforia?“, da jornalista do Observador Vera Novais, recebeu, esta terça-feira, uma menção honrosa, na categoria de imprensa, do Prémio de Jornalismo 2016 da Liga Portuguesa Contra o Cancro (LPCC)/MSD.

Um grupo de cientistas apresentou os resultados de um ensaio clínico com 35 doentes com leucemia linfoblástica aguda, que receberam um tratamento com células do sistema imunitário geneticamente manipuladas na conferência anual da Associação Americana para os Avanços na Ciência (American Association for the Advancement for Science, AAS): 94% destes doentes viu os sintomas desaparecerem completamente e, ao fim de 18 meses, não apresentavam sinais de que o tumor tivesse voltado.

Estes resultados foram apresentados como sendo inovadores e revolucionários e os órgãos de comunicação noticiaram-nos como tal. O Observador procurou perceber se essa técnica era mesmo nova e promissora como se fazia anunciar e falou com os cientistas que mais percebem do assunto. A conclusão a que chegou foi que a técnica não é nova e os resultados são preliminares, mas que é uma avanço porque não são comuns ensaios daquele tipo.

Cancro. As últimas descobertas valem mesmo tanta euforia?

A menção honrosa foi entregue durante a cerimónia dos 75 anos da Liga Portuguesa Contra o Cancro. Durante a cerimónia, a Liga entregou ainda o Prémio Nacional de Oncologia Manuel Sobrinho Simões ao médico cirurgião António Gentil Martins.

O Prémio de Imprensa foi atribuído à jornalista Ana Catarina Caldeira Baguinho com a reportagem “Ser Mais Forte do que o Cancro”, publicada na revista Prevenir; o Prémio de Audiovisual foi para a reportagem “Dar Vida aos Dias” da jornalista Arlinda Brandão, da Antena1; e as outras duas menções honrosas foram para Nélia do Carmo Pedrosa, que concorreu com o artigo “Sobreviver ao cancro”, publicado no jornal “Diário do Alentejo; e para Jaime Pedro Cravo Vicente Silvério, da Sport TV, com a reportagem “Vida em Jogo”.

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