Histórico de atualizações
  • Por hoje é tudo. Continuaremos a acompanhar durante o dia de amanhã os novos desenvolvimentos relativos ao ataque norte-americano à base síria de al-Shayrat.

    Boa noite.

  • Porque é que os Estados Unidos da América atacaram a Síria? Será o ataque uma declaração de guerra? Pode encontrar todas as respostas às perguntas que importam neste Explicador:

    Porque é que os EUA atacaram a Síria?

  • Navio russo vai parar em base síria

    O navio russo Admiral Grigorovich RFS-494, que esta tarde começou a avançar em direção à armada norte-americana, vai fazer uma paragem na Síria. “O navio russo armado com mísseis de cruzeiro Kalibr vai fazer uma paragem logística na base de Tartus, na Síria”, disse à agência de notícias TASS fonte do Kremlin. Situada na zona ocidental da Síria, Tartus é a segunda maior cidade portuária do país.

    O Admiral Grigorovich RFS-494 participou recentemente num exercício conjunto no Mar Negro, juntamente com navios turcos. De acordo com a mesma fonte, o navio deverá permanecer na costa síria, pelo menos, durante um mês, mas tudo dependerá da situação.

  • Ministro da Defesa apela a “solução política” para o conflito na Síria

    O ministro da Defesa Nacional, Azeredo Lopes, pediu uma solução política para o conflito na Síria, considerando que “nenhuma solução militar” será sustentável no futuro. “Espera-se uma coisa muito básica: que de uma vez por todas se procure uma solução política para aquele conflito, estando mais ou menos evidenciado pelo seu prolongamento e pela brutalidade que continua a assolar aquele país, que nenhuma solução militar terá uma durabilidade que seja sustentável no futuro”, afirmou.

    O governante, que falou com a Agência Lusa à margem de uma conferência sobre Assistência Humanitária e Proteção de Civis, reiterou a posição de Portugal face ao bombardeamento dos Estados Unidos da América a uma base militar síria, expressa durante a manhã pelo ministro dos Negócios Estrangeiros, sublinhando que “o Estado português compreende esta resposta” e “aguarda por uma discussão mais geral no quadro da União Europeia” visando “uma posição coletiva e mais desenvolvida”.

    O Estado português compreende esta resposta sobretudo se tomarmos em consideração que a sua intenção declarada é sancionar este tipo de violações insuportáveis do direito de guerra, se assim me posso exprimir, e, ao mesmo tempo, funcionar como elemento de dissuasão contra a utilização futura de armas químicas”, disse.

    O ministro salientou ainda a “delicadeza da circunstância” de se ter assistido “pela primeira vez a um uso direto da força contra o regime de Bashar al-Assad”, o que “justifica também por razões prudenciais que se veja o contexto em que esse recurso à força ocorreu”. “Os Estados Unidos da América deixaram claro que avisaram previamente alguns dos atores que atualmente atuam no teatro operacional da Síria”, sublinhou.

    Na intervenção de encerramento da conferência, no Palácio das Necessidades, Azeredo Lopes afirmou que a “natureza repugnante do ataque químico no noroeste da Síria, terça-feira, não será posta em causa por ninguém” e disse acreditar que “ninguém deixará de qualificar aquele ataque como violação muito grave do direito internacional” e “do direito internacional criminal”, qualificando-o como “crime de guerra”.

    Quanto à resposta dos Estados Unidos, Azeredo Lopes considerou que “numa situação de gravíssimas e sistemáticas violações do direito humanitário, uma ação militar em concreto, como é o caso, pode aparentemente não por em causa nenhuma regra do direito internacional humanitário uma vez que bombardearam uma base militar”.

    Esta ação militar tem declaradamente um intuito punitivo e preventivo, no sentido dissuasor de futura repetição de ataques com recurso a armas químicas ou outras armas proibidas pelo direito internacional”, afirmou.

    Agência Lusa

  • Nikki Haley (EUA): "Estamos preparados para fazer mais".

    A Presidente do Conselho e embaixadora dos Estados Unidos nas Nações Unidas, Nikki Haley, abriu a reunião com os representantes dos país dizendo que “Bashar al-Assad tinha feito isto porque sabia que estava protegido pela Rússia”, mas que “isso mudou esta noite”, numa referência ao envio de 59 mísseis norte-americanos para o local de onde partiu o ataque com armas químicas que matou dezenas de pessoas na Síria. “Os Estados Unidos destruíram o campo de onde partiram os ataques. Foi uma ação completamente justificada” porque “morreram homens, mulheres e crianças inocentes”: “É tempo de dizer basta. Mas não apenas dizer, é também tempo de agir”.

    Nikki Haley também dirigiu duras críticas à Rússia, afirmando que Putin protegia Asssad “sempre que passava o limite da decência humana”. Disse ainda que a Rússia “tinha capacidade para travar o uso de armas químicas pelo regime sírio “. Se não o fez foi por uma de duas razões, afirma: “fê-lo em consciência ou então al-Assad fez dos russos tolos e negou a presença dessas armas na Síria”.

    A embaixadora dos Estados Unidos nas Nações Unidas avisou que os Estados Unidos “estão preparados para fazer mais”. O representante da Síria continua a negar que as armas químicas tenham sido lançados pelas forças governamentais: “Não temos armas químicas e condenamos a sua utilização”.

  • Rússia: "Não é difícil imaginar como o espírito dos terroristas ficou inflamado depois deste ataque"

    O embaixador adjunto russo na ONU, Vladimir Safronkov, disse na reunião do Conselho de Segurança das Nações Unidas que o ataque americano “viola a lei internacional”. Na intervenção que fez, dirigindo-se aos seus pares num tom por vezes agressivo, Safronkov foi duro nas críticas à intervenção americana contra uma base aérea militar da Síria e disse mesmo que o ataque “fortalece o terrorismo”. E avisou:

    As consequências deste ataque para a estabilidade regional e internacional podem ser muito sérias”

    “A agressão dos Estados Unidos só fortalece o terrorismo”, disse o diplomata russo que colocou a questão nestes termos: “Não é difícil imaginar como o espírito dos terroristas ficou inflamado depois deste ataque”. As críticas à ação dos Estados Unidos não se limitaram ao ataque na madrugada desta sexta-feira, já que um dos argumentos que está a ser usado por quem está contra o ataque ordenado por Donald Trump tem sido os falhanços da intervenção norte-americana noutros pontos, como o Iraque. E Safronkov ainda acrescentou, dirigindo-se aos americanos: “Lembrem-se do que provocam e provocaram no médio oriente”.

    O representante russo assinalou que o compromisso russo é “combater o terrorismo” e “continuar um diálogo construtivo”, mas que isso deve ser feito “com base em regras”, e que o que os EUA fizeram foi “uma ação ilegítima”.

  • De acordo com a Associated Press, as autoridades norte-americanas estão a investigar o possível envolvimento da Rússia no ataque químico na Síria.

  • Navio russo entrou no Mediterrâneo em direcção a navios norte-americanos

    Um navio russo entrou hoje no Mediterrâneo e estará a seguir na direção dos dois navios norte-americanos que lançaram o ataque com mísseis contra a Síria esta noite, avança a Fox News. A embarcação russa, que identificam como o Admiral Grigorovich RFS-494, terá atravessado o Estreito do Bósforo “há algumas horas” a partir do Mar Negro, de acordo com informações fornecidas por um oficial da Defesa norte-americana, explica o canal de televisão norte-americano.

  • A Casa Branca divulgou uma foto do momento em que Donald Trump está a ser informado pelo Conselho de Segurança Nacional da ofensiva militar levada a cabo na Síria.

  • Marcelo subscreve posição do Governo português sobre ataque aéreo

    O Presidente da República subscreveu esta sexta-feira a posição do Governo a propósito do ataque dos EUA contra uma base militar síria de “compreensão” da medida e, ao mesmo tempo, de apelo a uma posição conjunta da UE e ONU.

    “O Governo já tomou uma posição e o Presidente da República só pode subscrever a posição do Governo expressa pelo Ministério dos Negócios Estrangeiros, a saber: a compreensão da medida tomada por um aliado na resposta a uma violação de direito internacional e, por outro lado, Portugal esperando a posição conjunta da União Europeia e Nações Unidas que é fundamental para o futuro”, afirmou Marcelo Rebelo de Sousa, em declarações aos jornalistas à margem da inauguração de uma exposição sobre saúde, em Lisboa.

    Questionado se a ação unilateral dos Estados Unidos não poderá significar uma escalada do conflito sírio, o Presidente da República salientou que, por isso, o Governo português tomou uma posição “muito cuidadosa”.

    “Dizer que compreende esta resposta a uma violação do direito internacional, uma resposta muito limitada, contra um alvo militar e não civil, com pré-aviso quanto a outros aliados naquele teatro de intervenções e esperando-se a tomada de posição da União Europeia e Nações Unidas”, reiterou.

    (Lusa)

  • PM russo acusa EUA de avançar com "batalha feroz" contra Assad

    O primeiro-ministro russo, Dmitry Medvedev, escreveu no Facebook que “em vez da ideia previamente anunciada de se avançar numa luta conjunta contra o principal inimigo – o Estado Islâmico – a Administração Trump mostrou que vai optar por uma batalha feroz contra o governo legal da Síria, numa contradição forte daquilo que é a lei internacional e sem a aprovação das Nações unidas”.

    “Ninguém está a sobreestimar o valor das promessas pré-eleitorais, mas tem de haver limites para a decência. Além de que há desconfiança absoluta, o que é realmente triste para as nossas relações, que agora estão completamente arruinadas. E são boas notícias para os terroristas”, disse o líder russo.

  • A CNN está a citar uma fonte oficial da administração Trump a explicar que o ataque à base militar do regime sírio não deve ser interpretado como o começo de uma campanha para retirar Bashar al-Assad do poder e que a intervenção desta sexta-feira foi uma resposta ao uso de armas químicas por parte do regime sírio, num ataque na passada terça-feira.

  • Hezbollah diz que ataque dos EUA foi "um novo crime"

    A Associated Press avança que o grupo xiita libanês Hezbollah também já reagiu ao ataque norte-americano, afirmando que se tratou de uma iniciativa “insensata” que vai levar a tensões sérias na região. “É um novo crime da administração americana”, afirmou o grupo em comunicado.

  • Na Europa, líderes populistas que apoiaram a candidatura de Trump à Casa Branca questionam agora esta intervenção ordenada pelo presidente americano na Síria. No Twitter, a candidata à presidência francesa Marine Le Pen “condenou fortemente” o “terrível” ataque na Síria e pede um inquérito internacional à situação.

    Já o britânico Nigel Farage, uma das caras principais na campanha pelo Brexit, veio dizer que muitos dos que votaram em Trump estão “preocupados com esta intervenção militar. Onde é que ela irá parar?”, questiona.

  • EUA avisaram a Rússia uma hora antes

    O exército norte-americano avisou a Rússia, através do canal descodificado, ia avançar com o ataque aéreo uma hora antes de ele acontecer, avança a CNN.

  • McCain e Ted Cruz: os últimos oito anos levaram a isto

    O senador Ted Cruz considera que o ataque aéreo de hoje contra a Síria resulta de um impasse permitido pelo que considera “oito anos de fraqueza de Obama”. O republicano, que concorreu contra Donald Trump para ser o candidato do partido à Casa Branca, considerou ainda que “ter um presidente que Putin tem razões para temer é um passo na direcção certa”, escreveu na sua conta de Twitter.

    A posição de Ted Cruz é acompanhada por John McCain. O republicano considera que “últimos oito anos” conduziram a esta situação, cita o Politico, e acredita que o ataque na Síria pode ser o início de um maior envolvimento dos Estados Unidos naquela região. “Isto é o princípio, e uma série de iniciativas duras têm de ser tomadas. Mas sem este ataque aéreo, essas ações também não podem ser feitas”, afirmou o republicano do Arizona à MSNBC que já esteve em contacto com altas patentes militares dos EUA sobre este assunto.” Eles têm a noção de que isto é um longo e duro caminho. Afinal, já está a ser preparado há oito anos”.

  • A embaixada da Rússia nos Estados Unidos usou o Twitter para declarar que os ataques dos EUA na Síria servem para “desviar a atenção do público da numerosas baixas civis no Iraque”.

  • Guterres já reagiu ao ataque dos EUA à Síria

    O secretário-geral das Nações Unidas, António Guterres, apelou às diferentes partes envolvidas no conflito da Síria “para evitarem atos que possam aprofundar o sofrimento do povo sírio”, segundo o que está a ser avançado pela Reuters e pelo correspondente da BBC.

    “Há muito tempo que digo que é preciso existir responsabilização por estes crimes, mas de acordo com as normas internacionais existentes e as resoluções do Conselho de Segurança”, disse António Guterres.

    https://twitter.com/NickBryantNY/status/850352273863651330

    https://twitter.com/NickBryantNY/status/850352539140849664

  • Embaixador da ONU na Síria pede reunião de emergência em Genebra

    O embaixador da ONU na Síria disse à Associated Press que o seu gabinete está em “modo crise” e pediu uma reunião de emergência em Genebra (sede das Nações Unidas na Europa).

  • O líder da maioria no Senado, o republicano Mitch McConnell, anunciou um briefing, com todos os senadores, sobre o ataque dos EUA a uma base militar do regime sírio. Relativamente à operação, o republicano fica ao lado da administração: “Esta foi uma ação em consequência. É um sinal claro dos EUA para Bashar al-Assad deixar de usar armas químicas contra os seu próprio povo com impunidade”

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