A agência de notação financeira Fitch desceu esta sexta-feira a avaliação da qualidade do crédito soberando da África do Sul para o grau de não investimento, ou ‘lixo’, como é conhecido, citando turbulência política e preocupações de governabilidade.

A descida do rating da segunda maior economia africana seguiu-se a uma iniciativa similar tomada pela Standard & Poor’s, logo na sequência da demissão do ministro das Finanças, no final da semana passada.

A degradação da avaliação da qualidade do crédito soberano da África do Sul surge no mesmo dia em que milhares de pessoas manifestaram-se contra o Presidente Zuma, exigindo a sua demissão na sequência de remodelação governamental. A Fitch diz que esta remodelação, que afastou o respeitado ministro das Finanças Pravin Gordhan, vai desencorajar ainda mais as empresas de investir no país e que deve enfraquecer “os padrões da governação e das finanças públicas”.

A Moody’s, a única agência de rating que não desceu ainda a avaliação sobre o país, já abriu um procedimento de avaliação do rating, que normalmente conduz à revisão em baixa, o que faria com que nenhuma das três maiores agências do mundo dê à África do Sul o estatuto de recomendação de investimento.

O Congresso Nacional Africano, o partido no poder, tem sido afetado por escândalos à volta do Presidente, e alguns membros têm defendido a demissão de Jacob Zuma.

PUB • CONTINUE A LER A SEGUIR