Apesar da hora tardia do ataque, as reações diplomáticas não tardaram a chegar. Em baixo, segue uma lista com os países que apoiam e também aqueles que condenam a ação dos EUA, com as respetivas declarações. É uma lista em atualização.

A favor da ação dos EUA…

  • Reino Unido. Uma porta-voz de Theresa May disse que “o Governo do Reino Unido apoia totalmente o gesto dos EUA”. No comunicado, disse também que a base aérea atacada pelos EUA foi “usada para lançar os ataques químicos” do início desta semana.
  • Austrália. O primeiro-ministro australiano, Malcolm Turnbull, disse esta sexta-feira que “o Governo australiano apoia fortemente a resposta rápida e justa dos EUA”. Acrescentou ainda que “esta resposta foi calibrada, proporcional e dirigida” e que representa “uma mensagem para o regime de Assad”.
  • Israel. “Israel espera que esta medida face às ações terríveis do regime de Assad seja compreendida não só em Damasco, mas também em Teerão, Pyongyang e outros sítios”, escreveu a conta oficial do primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu.
  • Arábia Saudita. Em comunicado na agência estatal SPA, lia-se: “Uma fonte do ministério dos Negócios Estrangeiros expressou o total apoio do reino da Arábia Saudita às operações militares americanas contra alvos na Síria, que surge como resposta ao uso de armas químicas do regime sírio contra inocentes civis”.
  • Turquia. Da parte de Ancara, reagiuo vice-primeiro-ministro Numan Kurtulmuş. “Como o nosso Presidente deixou claro, nós não queremos ouvir palavras, queremos ver ações. Neste aspeto, o ataque dos EUA na base militar é importante e significativo”, disse. Ainda assim, apelou a uma condenação mais vasta de Bachar al-Assad. “A comunidade internacional devia claramente continuar esta postura contra tamanha barbárie do regime de al-Assad até ele ser impedido de atingir o seu próprio povo”, disse o vice-primeiro-ministro da Turquia, que participa no esforço militar dos rebeldes sírios.
  • Japão. “Compreendemos que a ação tomada pelos EUA para prevenir que a situação na Síria piorasse”, disse o primeiro-ministro japonês, Shinzo Abe, à agência Kyodo. “O Japão vai coordenar-se com os EUA e o resto da comunidade internacional e vai desempenhar o seu papel para a paz e estabilidade mundiais.”
  • Portugal. O ministro dos Negócios Estrangeiros disse que “Portugal compreende as posições dos seus aliados que são posições que procuram medidas de retaliação a crimes de guerra”. Mas Augusto Santos Silva também disse que o país aguarda as discussões do Conselho de Segurança da ONU e as posições dos “aliados europeus”.
  • Itália. “A Itália compreende as razões da ação militar dos EUA, proporcionada e oportuna como resposta a um inaceitável sentimento de impunidade, e também um sinal dissuasor do uso de armas químicas por Assad”, disse o ministro dos Negócios Estrangeiros, Angelino Alfano.
  • Espanha. “O Governo espanhol considera que a ação tomada pelos Estados Unidos nas últimas horas contra uma base militar na Síria é uma resposta proporcional ao uso de armas químicas contra a população civil por parte do exército sírio”. A Moncloa frisou ainda, no comunicado divulgado esta sexta-feira, que “mantém uma sólida lealdade com os seus aliados, é apoiante de uma ação concertada e internacional” e lamentou que o “bloqueio do Conselho de Segurança das Nações Unidas não tenha tornado possível” essa ação conjunta.
  • União Europeia. Via Twitter, o presidente do Conselho Europeu, Donald Tusk, manifestou o apoio da União Europeia à intervenção militar norte-americana na Síria: “Os ataques dos EUA mostram uma determinação necessária contra bárbaros ataques químicos. A UE vai trabalhar com os EUA para pôr fim à brutalidade na Síria”. Jean-Claude Juncker, presidente da Comissão Europeia, também validou a intervenção de Trump: “O uso de armas químicas deve ter resposta”. Até à data, a União Europeia tinha-se mantido militarmente arredada do conflito na Síria, defendendo uma solução política para o problema.
  • Canadá. Justin Trudeau, declarou “apoio total” à ação “focada” dos Estados Unidos para “diminuir a capacidade do regime de Assad de lançar ataques com armas químicas sobre civis inocentes, incluindo crianças”. “O uso de armas químicas pelo presidente Assad e os crimes do regime sírio contra os seu povo não pode ser ignorado”, disse o primeiro-ministro canadiano.

… e contra a ação dos EUA

  • Rússia. Através de um porta-voz, o Presidente russo disse que os EUA cometeram “uma violação da lei internacional sob um falso pretexto”, negando que o ataque químico tivesse sido da responsabilidade da Síria. “Este ato deixa danos significativos aos laços entre os EUA e a Rússia, que já estavam num estado deplorável”, acrescentou. A Rússia mantém neste momento uma aliança militar com o regime sírio.
  • Irão. O porta-voz do Ministério dos Negócios Estrangeiros do Irão, que está militarmente aliado com a Síria e a Rússia, classificou o gesto dos EUA como “uma ação unilateral é perigosa, destrutiva e viola os princípios da lei internacional”. O mesmo responsável diz que os EUA ajudaram a “fortalecer os terroristas” e que ajudaram a “complicar ainda mais a situação da Síria e da região”.
  • China. O jornal estatal China’s Global Times escreveu que o Presidente dos EUA quis com este ataque “marcar a sua autoridade” e disse que a “pressa e inconsistência” deste gesto deixou “uma marca profunda”.

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