O suspeito do ataque de Estocolmo, Rakhmat Akilov, vai ficar em prisão preventiva pelo menos até 11 de maio, dia em que o tribunal torna a reunir-se para deliberar sobre o caso. Além disso, o tribunal distrital de Estocolmo anunciou que vai pedir também um exame médico à saúde mental de Akilov nos próximos dias.

Akilov, de 39 anos e nascido no Uzbequistão, confessou esta terça-feira em tribunal que cometeu um “ato terrorista”. De acordo com o jornal sueco Aftonbladet, Akilov admitiu o homicídio, permitindo a sua detenção, informou o advogado do suspeito.

O ataque com um camião na capital sueca, na última sexta-feira, fez quatro mortos: uma menina sueca de 11 anos, uma mulher sueca, um britânico de 41 anos e um belga de 31. Interrogado no momento, Akilov terá admitido que “conduziu sobre os infiéis”. Esta segunda-feira à noite, nove pessoas ainda estavam hospitalizadas, incluindo duas em estado crítico.

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O ministro sueco do Interior, Anders Ygeman, já reagiu à confissão de Akilov: “Facilita a investigação contínua, mas não nos podemos focar apenas no atacante, mas também nos possíveis cúmplices. É necessário determinar se houve algum e que papel teve”.

Esta manhã, a presença policial era bem visível à porta do tribunal distrital de Estocolmo, onde Akilov foi ouvido a partir das 10h locais (9h em Lisboa). Também os próprios contornos do julgamento estão envolvidos numa polémica. Segundo o Aftonbladet, Akilov terá pedido para ser representado por um advogado que seja um muçulmano sunita, mas o tribunal rejeitou o pedido.

O ataque aconteceu na última sexta-feira na Drottninggatan, uma rua muito prestigiada e movimentada no centro da capital sueca. Quatro pessoas morreram e mais de uma dezena ficaram feridas depois de um camião ter entrado em alta velocidade naquela rua, acabando por embater num centro comercial na zona.

Durante várias horas, as principais linhas ferroviárias estiveram encerradas e o centro da cidade foi evacuado. Também o parlamento sueco e os principais edifícios governamentais estiveram fechados durante aquela tarde.

As reações sucederam-se ao longo de todo o dia de sexta-feira, com o primeiro-ministro sueco, Stefan Löfven, a ser o primeiro a considerar o ataque um “terrível ato de terror”. Também o antigo primeiro-ministro sueco Carl Bildt afirmou, pouco depois dos acontecimentos, que se tratou de um “ataque terrorista”.

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