Pelo menos quatro pessoas ficaram feridas — incluindo uma em estado grave — esta terça-feira numa forte explosão na cidade turca de Diyarbakir (de maioria curda), informa a Associated Press citando meios de comunicação locais.

A origem da explosão é desconhecida, mas muitos dos meios de comunicação locais avançam que terá resultado de um acidente durante reparações que estavam a ser feitas num veículo blindado da polícia.

A explosão causou o desmoronamento de parte de um edifício naquela cidade do distrito de Baglar, para onde se dirigiram de imediato várias ambulâncias e carros da polícia.

Nos últimos meses, a Turquia tem sido alvo de inúmeros ataques terroristas quer por parte do Estado Islâmico quer por parte de rebeldes curdos, que habitam na zona mais oriental do país e ocupam vastas áreas também no Iraque e na Síria.

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[Um vídeo mostra os momentos imediatamente após a explosão:]

A explosão de origem desconhecida coincide com uma reunião especial dos ministros dos Negócios Estrangeiros do G7, em Lucca, no norte de Itália, dedicada à guerra na Síria.

Para esta reunião, os chefes da diplomacia dos EUA, Alemanha, Japão, Reino Unido, Canadá, França e Itália convidaram representantes da Turquia e de diversos países árabes como os Emirados Árabes Unidos, a Arábia Saudita, a Jordânia e o Catar.

Ministros dos Negócios Estrangeiros do G7 concluem reunião com questão siría no centro da agenda

Trata-se de uma reunião com o objetivo de procurar formas de retomar as negociações para a paz na Síria e para impedir o agravamento de uma escalada militar, sobretudo após o ataque químico que matou 87 mortos na Síria e que tem sido atribuído ao regime de Bashar al-Assad.

[Uma das imagens da explosão em Diyarbakir mais partilhadas esta terça-feira nas redes sociais:]

A explosão ocorre também quatro dias antes do polémico referendo constitucional convocado por Erdogan em fevereiro. O país vai a votos no próximo fim de semana para aprovar ou reprovar a proposta do presidente que visa transferir o poder executivo do parlamento (atual centro de decisão na Turquia) para o presidente.

O referendo é controverso uma vez que Erdogan defende que a reforma é necessária para limitar o poder dos militares no país e a oposição teme que este seja o caminho para uma ditadura a curto prazo, dando poderes quase absolutos ao presidente.