O treinador do Marítimo, Daniel Ramos, disse esta quinta-feira que ambiciona fazer o “inédito” de voltar a ‘roubar’ pontos ao Benfica, na partida de sexta-feira, da 29.ª jornada da I portuguesa de futebol. Esta será a terceira vez esta época que Marítimo e Benfica vão medir forças, depois de as ‘águias’ terem goleado na Luz por 6-0, para a Taça de Portugal, e os insulares terem-se ‘vingado’ ao impor a primeira derrota ‘encarnada’ no campeonato, depois do triunfo na Madeira por 2-1. “O normal é que o Benfica vença, as estatísticas dizem isso e a grande maioria das pessoas espera isso. O que será surpreendente é o Marítimo complicar a tarefa ao Benfica e conseguir algo de inédito, que é roubar pontos ao Benfica em dois jogos consecutivos”, salientou Daniel Ramos na conferência de imprensa de antevisão do jogo no Estádio da Luz.

Com “ambição” em querer somar pontos e realizar uma exibição positiva, Daniel Ramos está à espera do “melhor Benfica”, que vai apresentar uma intensidade elevada, sobretudo na etapa inicial, procurando evitar sofrer golos nos primeiros minutos para poder tranquilizar a sua equipa.

O técnico considera que o conjunto de Rui Vitória está mais pressionada que o Marítimo, que tem “muito pouco a perder”, mas lembra que o Benfica está acostumado à pressão. “Para quem está habituado, como o Benfica, é facilmente ultrapassável. Em casa, perante mais de 50.000 espetadores, para eles, é uma pressão relativa, porque estão habituados e conseguem gerir isso de forma natural”, afirmou.

Em relação à possibilidade do adversário realizar algumas poupanças, a pensar no dérbi com o Sporting, na jornada seguinte, Daniel Ramos não acredita nesse cenário e o que prevê é um ‘onze’ inicial “muito competente” e de “grande qualidade” do outro lado.

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Questionado sobre a situação de Samaris e se o médio internacional grego deveria jogar ou não, limitou-se a responder que “todo o tipo de penalizações de jogadores deve ser o mais célere possível” para que todos fiquem satisfeitos.

O treinador dos madeirenses voltou ainda a lamentar o pouco tempo que teve entre a vitória caseira (2-1) de segunda-feira ao Desportivo de Chaves e este jogo, o que limitou bastante o trabalho tático. “O tempo de recuperação, sendo maior, é evidente que ajuda, mas, principalmente, o tempo de preparação para o jogo. Só hoje é que tive o grupo disponível para fazer um pouco do trabalho, que é curto e que lamento. Ficaram alguns aspetos para trabalhar e aquilo que não se treina, esquece-se”, referiu, dando ênfase aos pormenores, que têm de ser trabalhados e que ainda são “mais importantes” neste tipo de jogos.

O Marítimo, sexto classificado, com 44 pontos, visita o Benfica, primeiro, com 68, na sexta-feira, pelas 18h15, com arbitragem de Nuno Almeida, da Associação de Futebol do Algarve.