Os helicópteros do INEM não estão equipados com ventiladores pediátricos, confirmou à RTP o presidente do Instituto, Luís Meira, descartando porém que esse tenha sido o motivo pelo qual o bebé de Mirandela, que caiu de um 3.º andar, não tenha sido transportado para o Porto por via aérea.

“Se estivermos a falar de ventiladores muito específicos, para ventilar crianças de baixa idade e pouco peso, ventiladores pediátricos, eles efetivamente não existem”, respondeu o responsável pelo Instituto à RTP, acrescentando, mais à frente, que “não há registo de falhas no socorro por falta e ventiladores adaptados a crianças”.

Esta informação chegou depois de o JN ter escrito, esta quinta-feira, que o bebé de 18 meses que, a 31 de março, caiu de um 3.º andar em Mirandela demorou 11 horas a chegar ao São João, do Porto, por falta de ventilador pediátrico no helicóptero do INEM. Luís Meira nega essa relação e explica que foi o agravamento do estado clínico do bebé que determinou que o seu transporte, até ao São João, no Porto, fosse feito por uma ambulância de transporte inter-hospitalar pediátrico e não através de helicóptero, devido às diferenças de pressão atmosférica a que ia ser sujeito.

Luís Meira concluiu dizendo que “neste momento temos quatro ambulâncias com recursos humanos que nem são do INEM, são de hospitais, e que são normalmente pediatras, muitos deles especializados em neonatologia. Não é possível termos mais do que estas quatro”.

Ainda esta semana o INEM anunciou a colocação de 20 novas ambulâncias de socorro em corpos de bombeiros e a substituição de 41 ambulâncias ainda este ano.

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