Tinha 46 mil toneladas, quase 270 metros de comprimento e atravessava os oceanos a uma velocidade média de 39 km/h. RMS Titanic tinha, na sua viagem inaugural começada em Southampton a caminho de Nova Iorque, 892 membros da tripulação e 2.435 passageiros a bordo. Todos iriam testemunhar a travessia no “navio inafundável” que, a par dos navios Olympic e Britannic, seriam os trunfos da White Star Line contra os navios RMS Lusitania e o RMS Mauretania da concorrente Cunard Line. A 10 de abril de 1912, Titanic vira costas ao Reino Unido. Quatro dias depois, às 23h40 de 14 para 15 de abril, o “navio inafundável” não resistiu ao embate num iceberg. Foi um dos maiores desastres marítimos em tempo de paz do mundo.

A Junta Comercial britânica contabilizou 1.514 mortos após o desastre de Titanic. Os sobreviventes escaparam por conquistarem a tempo um lugar num dos 66 barcos salva-vidas a bordo do navio — um número notoriamente baixo para a dimensão e a capacidade de Titanic. Muitos morreram depois de hipotermia e não resistiram às águas geladas do Atlântico. Nos dias seguintes ao acidente, a região do desastre do navio britânico estava coberto de destroços do navio e corpos espalhados pelo mar. Ao longo dos setenta anos seguintes, continuaram a ser descobertas partes de Titanic, que agora está a 3.843 metros de profundidade e a 650 km a sudeste de Terra Nova, Canadá. O que resta do “navio inafundável” foi descoberto por Robert Ballard em 1985.

Mas o que aconteceu às cerca de 700 pessoas que escaparam à morte na viagem a bordo do Titanic? Depois de terem sido resgatadas pelo navio Carpathia, que captou os pedidos de socorro vindos de Titanic e rumou até à zona do acidente para recolher os sobreviventes, centenas de pessoas foram para Nova Iorque antes de regressar às terras natal. Milhares de pessoas esperavam por elas: familiares e amigos reuniram-se nos portos e das estações ferroviárias na esperança de encontrar quem tinha sobrevivido ao acidente. Veja na fotogaleria os primeiros dias dos sobreviventes de Titanic a seguir ao desastre de há 105 anos.

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