Uma família de quatro pessoas do Canadá denunciou um novo caso de overbooking na companhia Air Canada, o segundo no espaço de um mês. A família tinha um voo de Charlottetown com destino na Costa Rica, marcado com meses de antecedência, e descobriu, ao fazer o check-in, que o filho de 10 anos não teria lugar para viajar com o resto da família. Estes casos têm vindo a tornar-se públicos desde a expulsão de um passageiro de um voo sobrelotado da United Airlines.
Passageiro expulso à força de avião da United Airlines por falta de lugares
Após contactar a companhia, sem sucesso, a família de Brett e Shanna Doyle dirigiu-se ao aeroporto de Charlottetown para tentar resolver a situação. Foi aí que ficaram a saber que o voo tinha 34 bilhetes vendidos – num avião com apenas 28 lugares. De acordo com o Huffington Post, um agente da companhia confirmou que, mesmo que um lugar ficasse vago, nada garantia que fosse atribuído à criança de 10 anos.
https://www.facebook.com/brett.doyle.7/posts/10154600492185674?comment_id=10154600791935674&comment_tracking=%7B%22tn%22%3A%22R9%22%7D
Sem alternativa de deslocação na região (Ilha do Príncipe Eduardo), a família deslocou-se até ao aeroporto de Moncton, pagando do seu próprio bolso. À chegada, o voo acabou por ser cancelado. A família acabou por chegar ao destino e, da companhia, apenas recebeu um pedido de desculpas e um voucher de 1.600 dólares (cerca de 1.500 euros) que, de acordo com Brett Doyle, “não cobre as despesas” que teve a tentar contornar a situação.
Não é a primeira vez que um caso de overbooking acontece na companhia: no mesmo mês, um casal de Port Perry ficou sem lugar no voo que marcara com dois meses de antecedência. A companhia adverte os passageiros sobre a política de overbooking justificando que sobe os preços dos bilhetes reembolsáveis, no caso dos passageiros “perderem o voo ou mudarem de planos”, e que o overbooking é uma forma prática de “ter oferta sem perder dinheiro”.
Estes poderão ser os últimos casos de passageiros transtornados e não reembolsados no Canadá por esta política. O ministro dos Transportes canadiano, Marc Garneau, diz estar a planear uma nova legislação a ser introduzida ainda este ano que poderá estipular valores mínimos de indemnização para casos de overbooking, bagagem perdida e outras situações.