Os franceses já começaram a votar. As eleições presidenciais mais renhidas dos últimos anos só acontecem em França no domingo mas os cidadãos residentes na Polinésia Francesa, Guadalupe, Guiana Francesa, Martinica e na ilha de Saint-Pierre and Miquelon, ao largo da costa atlântica do Canadá, já podem depositar o seu voto. As últimas sondagens não só mostram a candidata anti-imigração e anti-Europa Marine Le Pen como presença quase certa na segunda volta, contra o centrista Emmanuel Macron, como uma subida acentuada do candidato apoiado pelo Partido Comunista, Jean-Luc Mélenchon, que aparece como uma surpresa de último minuto.

França. Quatro esquerdistas indecisos a olhar para um holograma

O Le Point divulgou na sexta-feira, no dia seguinte ao ataque que vitimou um polícia em Paris, uma sondagem que mostra que Marine Le Pen foi a única que subiu nas sondagens apesar de não ser consensual entre os analistas que o ataque terrorista venha a ter um efeito determinante no resultado desta primeira volta.

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De acordo com o inquérito da Odoxa — que reuniu as intenções de voto de 2.500 pessoas antes do atentado de quinta-feira em Paris e de mais mil eleitores nas horas seguintes ao ataque na capital francesa — Marine Le Pen tem mais 1% do que na sondagem anterior, reunindo 23% das preferências para a primeira volta e ficando, assim, muito próxima dos 24,5% de Emmanuel Macron, que se mantém, apesar disso, o favorito.

Algumas cidades norte-americanas também já começaram a receber os votos dos seus imigrantes franceses como é o caso de Nova Iorque, Boston ou Miami. A julgar pelas fotografias que os eleitores vão partilhando nas redes sociais, a participação é este ano maior do que em atos anteriores.

Dos cerca de 47 milhões de franceses registados para votar, menos de um milhão vive em territórios coloniais franceses. Votam antes para evitar que sejam influenciados pelos resultados que deverão começar a ser conhecidos ao fim da tarde de domingo. Estas eleições serão conduzidas não só sob estado de emergência como com mais de 50 mil polícias destacados para monitorizar a atividade eleitoral.